O presidente em exercício do PDT Nacional, deputado André Figueiredo, anunciou a convocação de uma reunião marcada para o próximo dia 27 de outubro. A pauta do encontro abrangerá diversos tópicos de interesse para o partido, com destaque para a avaliação e deliberações sobre a situação político-administrativa no diretório e executiva no estado do Ceará.
O encontro contará com membros da Executiva Nacional Ampliada do partido, bem como os presidentes das seções estaduais da sigla. A reunião está agendada para às 14h e ocorrerá na Sede Nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, localizada no Rio de Janeiro.
Os tópicos de interesse para o partido para a reunião estão:
- Análise da conjuntura nacional e avaliação dos dez meses de gestão do Companheiro Carlos Lupi à frente do Ministério da Previdência Social;
- Avaliação e deliberações sobre a situação político-administrativa no diretório e executiva no estado do Ceará;
- Assuntos gerais e temas relacionados aos afazeres partidários cotidianos.
O contexto político do partido no Ceará tem estado em destaque, especialmente após a recente anulação, pela Justiça, da reunião do PDT cearense que elegeu o senador Cid Gomes como o novo presidente estadual. A decisão, proferida pela juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo, da 28ª Vara Cível de Fortaleza, anulou a validade da reunião realizada pelos aliados do senador. Cid Gomes havia vencido a eleição do diretório estadual com 48 votos favoráveis, em meio à disputa interna de poder no partido. Esta reunião havia sido convocada para realizar uma nova eleição para o diretório estadual e restaurar Cid à presidência do partido, da qual ele havia sido destituído por decisão do presidente federal do PDT, deputado André Figueiredo, representante do grupo antagônico ao senador dentro do partido.
Segundo a decisão judicial, a reunião extraordinária convocada pelos partidários do senador não seguiu os procedimentos necessários para ser realizada. Isso inclui a convocação com, no mínimo, 20 dias de antecedência e inscrições para o registro de chapas até as 18h do quinto dia anterior à realização da votação.
Cid Gomes, ao saber do ocorrido, considerou que a juíza foi induzida ao erro e que a petição faz referência a exigências que não se aplicavam a essa situação.
O PDT cearense hoje vive uma disputa interna com um bloco liderado por Cid Gomes – mais próximo do governo Elmano de Freitas (PT) e favorável a integrar a base governista – e um formado por nomes como André Figueiredo, José Sarto, Roberto Cláudio e Ciro Gomes – que defendem que o partido se mantenha na oposição ao governo estadual. O comando nacional está com André Figueiredo, pertencente a este segundo grupo, mas os aliados de Cid são hoje maioria no PDT cearense e tentam tomar para si o comando do partido em âmbito estadual.
Cid e André chegaram a firmar um acordo de alternância da presidência estadual, com Cid tendo assumido em julho para ficar até dezembro, quando apoiaria a volta de Figueiredo. No entanto, o agravamento das tensões internas fez Figueiredo voltar atrás no acordo e destituir Cid.
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