A votação na Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) que buscava abordar a situação da guerra entre Israel e o grupo Hamas resultou em um veto decisivo por parte dos Estados Unidos (EUA). A proposta da resolução, que havia sido costurada pelo Brasil, tinha como objetivo estabelecer uma pausa humanitária na região de Gaza.
Os Estados Unidos justificaram seu veto à resolução em virtude da ausência de menção ao direito de autodefesa de Israel, um ponto apoiado fortemente por Washington. Os Estados Unidos, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, possuem a prerrogativa de veto, uma medida que reflete a influência considerável desse país nas decisões do Conselho, ao lado de outras nações permanentes, tais como Rússia, China, Reino Unido e França.
“Os EUA estão desapontados que a resolução não cita o direito de autodefesa de Israel. Não podemos apoiar o avanço dessa resolução, mas continuaremos a trabalhar com os membros do conselho”, disse a embaixadora Linda Thomas Greenfield. “Estamos no terreno fazendo o trabalho duro da diplomacia.”
Na votação realizada, a resolução recebeu um total de 12 votos favoráveis, 1 veto e 2 abstenções, vindos da Rússia e do Reino Unido. Notavelmente, dois membros permanentes do Conselho de Segurança, China e França, optaram por votar a favor do projeto brasileiro, confirmando suas posições expressas anteriormente.
A reunião do Conselho de Segurança ocorreu com o propósito de discutir e deliberar sobre a proposta apresentada pelo Brasil em relação ao conflito em curso entre Israel e o grupo Hamas. Originalmente, a votação estava programada para ter ocorrido no dia anterior, mas foi adiada devido a um ataque que atingiu um hospital na Faixa de Gaza, causando a morte de aproximadamente 500 pessoas.
A resolução apresentada pelo Brasil objetivava a obtenção de um cessar-fogo, com o intuito de facilitar o acesso de ajuda humanitária à região de Gaza, que tem enfrentado uma crise humanitária. Apesar dos esforços internacionais em enviar alimentos, água e medicamentos, muitos desses carregamentos permanecem retidos na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, devido à complexidade da situação.
Além de prever um cessar-fogo, a resolução brasileira enfatizou a importância de garantir o acesso da ajuda humanitária a Gaza, uma região que enfrenta necessidades críticas. A ação do Brasil busca proporcionar alívio aos civis afetados por esse conflito de longa data.
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