O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) conduziu a Operação Carretilha na manhã desta sexta-feira (20) para investigar o uso de aparelhos celulares por membros de organizações criminosas em presídios do Ceará. A ação foi conduzida em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza e Cascavel, com o auxílio do Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil do Ceará.
Essa operação é um desdobramento de uma investigação iniciada em 2018, após a apreensão de quatro aparelhos celulares no Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (CEPIS) em Itaitinga, Ceará. O GAECO denunciou o caso à Vara de Delitos de Organizações Criminosas.
Após a autorização judicial, os dados telemáticos desses dispositivos foram extraídos e analisados, revelando que um dos celulares era utilizado coletivamente no presídio, com três usuários identificados. A investigação também confirmou que esses suspeitos estavam envolvidos com uma facção criminosa que atua internacionalmente no tráfico de drogas.
Os alvos dos mandados de busca e apreensão eram pelo menos três integrantes de uma facção criminosa carioca, que mesmo detidos no CEPIS, em Itaitinga, estavam envolvidos no tráfico de drogas em Fortaleza e Cascavel.
Dois indivíduos sujeitos aos mandados de busca e apreensão estão em liberdade, devido procedimentos legais distintos e, portanto, não havia ordens de prisão associadas a esta Operação. Entretanto, eles foram previamente acusados pelo GAECO e agora enfrentam acusações formais no sistema judicial estadual por crimes relacionados a organizações criminosas e tráfico de drogas.
Dois deles foram alvos da “Operação Carretilha,” que contou com o apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil do Ceará. Esses suspeitos já haviam sido denunciados pelo GAECO e eram réus em processos relacionados a organização criminosa e tráfico de drogas.
Durante a operação, foram apreendidos três aparelhos celulares. Os promotores de justiça, com autorização judicial para extrair dados dos novos dispositivos apreendidos, irão aprofundar as investigações. O terceiro suspeito que utilizava os celulares em 2018 continua detido no sistema penitenciário cearense e não foi alvo de busca e apreensão nesta operação. A identidade dos envolvidos não foi divulgada pelo Ministério Público.
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