O Exército anunciou nesta quinta-feira (26) a prisão administrativa de 17 militares em decorrência do furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, localizado em Barueri. De acordo com comunicado do Comando Militar do Sudeste, esses 17 indivíduos estão sujeitos a punições disciplinares devido a “falhas de conduta e/ou erros procedimentais no que diz respeito aos processos de fiscalização e controle de armamento”.
A ausência das 21 metralhadoras foi identificada durante uma inspeção no Arsenal de Guerra em Barueri, no dia 10 deste mês. Estavam desaparecidas 13 metralhadoras de calibre .50, com capacidade de abater aeronaves, e oito metralhadoras de calibre 7,62. Até o momento, 17 das 21 metralhadoras furtadas foram recuperadas.
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No último dia 19, a Polícia do Rio de Janeiro conseguiu recuperar oito das metralhadoras em um bairro da zona oeste da capital fluminense, conhecido como Gardênia Azul. Além disso, na madrugada de sábado passado (21), a Polícia Civil de São Paulo localizou outras nove metralhadoras. O desaparecimento levou o Comando Militar do Sudeste a determinar o aquartelamento de centenas de militares da unidade, além da abertura de uma apuração para investigar o caso.
Há hoje ao menos 20 militares enfrentando processos relacionados ao furto das 21 armas. Conforme divulgado pelo chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, Maurício Vieira Gama, todos os militares que contribuíram para esse episódio inaceitável serão punidos disciplinarmente. “Temos diversos militares do quartel que, por negligência, falharam na gestão, controle e fiscalização do material. Esses indivíduos estão passando por julgamentos administrativos e podem ser submetidos a prisões administrativas”, disse ele, em entrevista coletiva.
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Os militares suspeitos de estarem diretamente envolvidos com o caso poderão ser enquadrados por furto, peculato, receptação e desaparecimento, crimes que são tipificados no Código Penal Militar – que funciona de modo separado ao do restante da população. Além disso, aqueles que demonstraram omissão ou negligência no caso podem enfrentar punições como advertência, impedimento disciplinar, repreensão, detenção disciplinar e prisão disciplinar com duração de até 30 dias. (Com informações da Agência Brasil)
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