O suspeito de matar a própria esposa, no município de Varjota, disse acreditar que o caso dela será esquecido em duas semanas.
Suspeito de matar esposa mandou áudio após o crime: “Dói muito não ter ela aqui”
O homem suspeito de matar a esposa, a professora Flávia Maria Lopes de Sena Vasconcelos, conversou com amigos lamentando o ocorrido após a morte da mulher. “Dói muito não ter ela aqui, sabe, é difícil, mas vou seguir em frente. Com a força de Deus, eu vou seguir em frente”, diz Rafael Machado Ramos de Vasconcelos em um trecho, com voz embargada de choro.
Em áudio encaminhado a um amigo, ele conta que acredita que as pessoas vão esquecer o caso em pouco tempo, e que a mulher vai ser apenas um número nas estatísticas. “Pelo que estou vendo aí, com o tempo o povo vai esquecendo da gente. Isso é só agora. Botar mais 15 dias, o povo não lembra mais nem quem é Flávia Sena. Até aparecer outra fofoca, o povo vai esquecer.”
No relato, Rafael ainda diz que, desde a morte da esposa, ele tem sido mal falado na cidade – possivelmente de modo relacionado às especulações de que ele teria sido o responsável pela morte. O relato é de antes da prisão do homem. “Fiquei sabendo que estavam falando muita coisa de mim, gente me esculhambando… Mas é assim mesmo, o povo é ruim”, diz ele. “Muita gente maldosa tá usando como política, pra me atacar com coisa de política, tenho consciência disso. Mas enfim, bola pra frente, juntar os cacos e conseguir força pra poder seguir em frente, cuidar dos meus filhos.”
Ele foi preso no último sábado (28), em Varjota, tendo a Polícia Civil cumprido um mandado de prisão temporária por crime de feminicídio. As apurações sobre o caso seguem na Delegacia Municipal de Varjota.
Na noite do ocorrido, o homem suspeito de matar a esposa chegou a publicar sobre o sumiço da mulher nas redes sociais. “Saiu pra fazer caminhada às 19h e até agora, 00h22, não voltou pra casa, já procurei todos os lugares e a polícia já foi acionada”, dizia ele na postagem, pedindo “pelo amor de Deus” que repassem informações para ele.
O corpo da mulher foi encontrado na manhã desta quarta-feira (25), com requintes de crueldade e várias perfurações a faca. Ela foi achada dentro de um matagal na região de Cajazeiras, na zona rural do município. Ela estava desaparecida desde a terça-feira (24), quando saiu para fazer caminhada.
Na cena do crime, era possível observar um rastro de um carro no local onde o corpo da professora estava, indicando que ela foi arrastada até o local e então morta.
Flávia trabalhava como professora já há 12 anos e atuava na Escola Municipal Tereza Aragão, em Varjota.
A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia.
As denúncias também podem ser feitas ainda pelo telefone (88) 3639-4111, da Delegacia Municipal de Varjota. O sigilo e o anonimato são garantidos.
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