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Teste de DNA comprova vínculo entre mãe e filho tirado dela na maternidade há 37 anos

Teste de DNA comprova vínculo entre mãe e filho tirado dela na maternidade há 37 anos

Foto: Lino Vieira

A dona Maria, moradora do Bom Jardim, recebeu nesta terça-feira (31) a confirmação de que é mãe de Maxime Jacques, que havia sido tirado dela na maternidade há 37 anos e levado para a França, onde virou filho adotivo de uma família de franceses. A comprovação foi feita durante o Teste de DNA, na edição desta terça do Cidade 190, na TV Cidade Fortaleza.

No momento em que foi identificada a probabilidade de 99,99% de maternidade, os dois se abraçaram e acabaram emocionando a equipe da TV. “Eu te amo, meu filho, eu nunca senti que você não era meu filho”, exclamou dona Maria, no momento em que o resultado foi divulgado.

“Muito obrigado, Jesus, muito obrigado pela primeira vez que entrei nesse estúdio e recebi minha bênção, minha vitória”, disse ela ainda, comemorando. Na ocasião, ela ainda agradeceu o apoio da TV Cidade.

Maxime, ao falar depois da confirmação, disse que vai pedir a namorada em casamento assim que voltar para a França. Ele falou em francês, comentando ainda a dificuldade com a comunicação: “A língua é difícil, estou aprendendo ainda, mas hoje sem dúvida temos o mesmo sangue”, comentou, via tradução simultânea.

A história de dona Maria e do filho Maxime Jacques

A aposentada cearense Maria Barbosa teve um reencontro que demorou 37 anos para acontecer. A mulher, que atualmente mora no bairro Bom Jardim, afirma que acredita ter encontrado o filho que foi retirado dela ainda na maternidade, em 1985, em Fortaleza. A criança foi adotada por um casal de franceses e levada para a Europa onde foi criada e recebeu o nome de Maxime Jacques. O vídeo do reencontro foi registrado e divulgado nas redes sociais. Na gravação, dona Maria, a mãe e Jacques, o suposto filho, se abraçam e choram no desembarque no Aeroporto Internacional de Fortaleza.

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Dona Maria relata que ao ficar grávida, foi abrigada por uma mulher que cuidou dela durante a gestação, contudo após sentir dores de parto e ser levada para a maternidade a situação sofreu uma reviravolta.

“Ela me levou para o médico para saber se eu já estava dentro do nove meses. Deitei na maca, apagaram a luz, e não senti mais meu corpo, quando acordei estava em uma enfermaria. A pessoa que me abrigou disse que a criança havia morrido e já havia sido enterrada. Eu comecei a correr pelo hospital, procurando nos berçários, eu não conseguia acreditar que minha criança não estava no hospital. Ao voltar para casa ela já tinha arrumado minhas malas e disse que eu deveria ir embora, tive hemorragia, chamaram ambulância, fui levada ao hospital, eu puxava meu cabelo, e me davam como louca”, detalha a aposentada.

O caminho para o reencontro entre mãe e filho

Integrantes de uma ONG que se ocupam em promover reencontros por meio de pesquisas nas redes sociais encontram uma postagem de Maxime Jacques pedindo ajuda para reencontrar a mãe cearense que não tinha contato há quase 40 anos. Ao mesmo tempo uma pessoa que mora no mesmo bairro da dona Maria viu a postagem e a procurou para tentar fazer o casamento das informações.

“Ele chegou ao meu endereço e perguntou meu nome, e se eu tinha um filho que foi levado para a França, nesse momento eu fiquei muito emocionada, mas no primeiro momento neguei, pois o que me disseram no hospital foi que meu filho tinha morrido, mas quando ele me mostrou a foto dele logo recebi o toque que aquele poderia ser meu filho”, diz.

Pelo lado europeu da história, quem começou a busca foi a esposa de Maxime que da França fez uma postagem nas redes sociais informando que ele estava procurando a mãe biológica, com a indicação do nome, da provável maternidade de Fortaleza e a idade que ele teria sido adotado e ido embora para a França. Ele afirma que não contou com a ajuda dos pais adotivos. “Meus pais adotivos me falaram muito cedo que eu era adotado, mas não me deram nenhuma documentação nem foram muitos transparentes comigo”, diz o suposto filho.

“Sempre senti no meu coração que faltava algo que me completasse, igual todo mundo. Então foi a partir de 2007, por meio da internet, que comecei a procurar, mas por ter várias maneira de escrever o nome da minha mãe eu vi que estava andando em círculos”, lembra Jacques.

Jordânia Alves, integrante de ONG que integra a equipe que promove pesquisas nas redes sociais para viabilizar encontros de pessoas que estão separadas por algum motivo diz que desde que os primeiros indícios de um suposto parentesco surgiram, sempre esteve fazendo o acompanhamento do caso até que o encontro aconteceu.

“Eu fiz a chamada de vídeo para ele e mesmo sem entender a nossa língua ele entendeu que a procura tinha chegado ao fim. É uma rede de pessoas, e uma dessas pessoas achou a dona Maria, dizendo que encontraram a família do Max e no dia que ele chegou a Fortaleza fomos acompanhar o encontro. Acreditamos que ele seja o filho da dona Maria pela história, a ligação entre eles que é muito forte, pelo amor que ele tem por ela e ela por ele”, pondera Jordânia.

Assista ao momento em que foi revelado o resultado do teste de DNA:

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