Praça do Ferreira passou por muitas mudanças ao longo do tempo; veja fotos

Paulo Martins

1 ano atrás

Prestes a passar pela sua primeira reforma em 32 anos, a Praça do Ferreira sempre foi local de atração dos fortalezenses. Segundo o acervo da Prefeitura de Fortaleza, a Praça surgiu como um largo de areia, com alguns cajueiros e rodeada de casebres, no início do Século 19. Nesta quinta-feira (9) uma nova reforma será anunciada para a Praça do Ferreira, a primeira em 32 anos. O projeto com as mudanças a serem promovidas na praça será assinado por Fausto Nilo, que também foi responsável pelo último projeto de requalificação do local, ainda no início dos anos 1990.

A Praça do Ferreira é um dos principais cartões postais da capital cearense, sendo peça fundamental no desenrolar da história da cidade. O local ainda concentra parte relevante do comércio de rua do Centro de Fortaleza.

Relembre algumas das reformas feitas na Praça do Ferreira

A Praça do Ferreira recebeu esse nome em 1871, numa homenagem ao Boticário Ferreira, responsável pela reforma e urbanização do local, enquanto ocupou o cargo de presidente da Câmara Municipal. Ao longo dos anos, a praça recebeu vários nomes, como Feira Nova, Largos das Trincheiras, Pedro II, Municipal e Do Ferreira, nome que permanece até hoje.

A praça passou por modificações já a partir de 1902, sob o prefeito Guilherme César da Rocha. Na ocasião, ela foi arborizada e foi construído, no centro do local, o Jardim 7 de Setembro.

Em 1914, ao prefeito Raimundo de Alencar Araripe reformou mais uma vez a praça, dando a ela uma iluminação mais moderna, com cabos condutores instalados de modo subterrâneo – algo considerado especialmente moderno, à época. Em seguida, nos anos 1920 e 1930, a praça recebeu ainda outras modificações, sob as gestões dos prefeitos Godofredo Maciel e Raimundo Girão, incluindo a construção da Coluna da Hora (o famoos relógio de quatro lados).

Em uma reforma particularmente polêmica, realizada durante a gestão do prefeito José Walter Cavalcante (1967-1971), as mudanças propostas pelo poder público encontraram rejeição por parte dos moradores da cidade.

Na ocasião, dois dos elementos mais marcantes da praça foram demolidos, inclusive com uso de dinamite: a Coluna da Hora, que datava de 1933, e o Abrigo Central, de 1949. Além disso, os jardins da praça foram desfeitos, construindo blocos de concreto no lugar. As estruturas de concreto foram erguidas de modo que quem estava de um lado da praça mal conseguia enxergar o outro lado.

O cenário mudou já no início dos anos 1990, sob a gestão do então prefeito Juraci Magalhães. Na ocasião, foram reconstruindo alguns dos símbolos históricos que marcaram a trajetória da Praça do Ferreira – com projeto do arquiteto Fausto Nilo, o mesmo que será responsável pelas próximas modificações.