A influenciadora Luana Andrade, que morreu aos 29 anos após complicações durante uma lipoaspiração nos joelhos, tinha lipedema, uma doença inflamatória que causa acúmulo de gordura nas pernas. A informação foi revelada pela amiga da influenciadora, Brenda Paixão, que participou do reality Power Couple na mesma edição que Luana.
“Luana tinha lipedema nos joelhos. Falava dessa cirurgia desde a época do Power… Sempre foi sua vontade remover, falou sobre isso comigo algumas vezes, trazia muitas inseguranças para ela”, escreveu Brenda nas redes sociais.
O lipedema é uma doença crônica que afeta principalmente mulheres. As causas da doença ainda não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais.
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Os principais sintomas do lipedema são:
- Acúmulo de gordura nas pernas, desde a cintura até os tornozelos;
- Dores e peso nas pernas, principalmente em relação ao toque;
- Hematomas espontâneos nas pernas;
- Dificuldade de perder gordura na região.
O tratamento do lipedema pode incluir:
- Mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e atividade física regular;
- Uso de roupas de compressão;
- Drenagem linfática;
- Cirurgia de lipoaspiração.
Além de um possível incômodo estético, a condição traz desconfortos físicos que podem afetar o dia a dia de mulheres.
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Em entrevista ao portal parceiro R7, Carol Mardegan, médica-cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, esclareceu as principais dúvidas sobre a doença.
Carol explica que lipedema é uma doença inflamatória também conhecida por síndrome da gordura dolorosa.
“A condição causa uma certa desproporção de gordura no quadril, nas nádegas e nas pernas. É uma doença quase que exclusivamente de mulheres, raramente em homens, e tem uma ligação com fatores genéticos e hormonais, podendo ser ‘herdada’ de geração a geração”, revela.
A médica esclarece que as causas do lipedema ainda são desconhecidas, entretanto, é possível observar alterações hormonais, metabólicas e inflamatórias, além do componente genético, nas pacientes com o diagnóstico.
Para o tratamento, a especialista explica que é importante que os pacientes já diagnosticados mantenham uma alimentação com menor consumo de alimentos inflamatórios e industrializados. Além de ter uma rotina de atividade física leve e regular, seja por meio de esportes, exercícios na academia ou fisioterapia.
“Também há a possibilidade de uso de roupas de compressão, e explorar sessões de drenagem linfática pode ser benéfico. Tudo isso em coordenação com um profissional especializado”, declara a médica.
Porém, a cirurgia de lipoaspiração com a retirada das células de gordura doentes também é uma das possibilidades de tratamento.
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