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Ceará no Top 10 de inadimplência em empresas: saiba como negociar e sair do vermelho

Brasileiros com dívidas no Serasa ganham benefício do governo; saiba como se cadastrar

Foto: Reprodução

Com o aumento significativo no número de empresas com dívidas, o Ceará se destaca como o 10º estado com maior inadimplência no Brasil, conforme indicado pelo Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. No fechamento de maio de 2023, o estado registrava 160.548 empresas com contas em atraso.

Em um contexto de elevação das taxas de juros e em meio às mudanças econômicas resultantes das novas reformas, a habilidade de negociar dívidas emerge como uma estratégia para evitar falências empresariais. O advogado especialista em assuntos empresariais da RA&A Advogados, Paulo Magalhães, enfatiza que “a negociação é muitas vezes a melhor opção para ambas as partes envolvidas. Permite que as empresas encontrem soluções mutuamente benéficas, evitando custos e complicações associados a processos judiciais”.

Na região Nordeste, o Ceará assume a terceira posição em número de empresas endividadas, ficando atrás apenas da Bahia e de Pernambuco, com 340,6 mil e 209,1 mil empresas, respectivamente. Em âmbito nacional, o total de empresas nessa condição atinge 6,48 milhões, sendo 5,73 milhões, ou aproximadamente 88,4%, compostos por micro e pequenos negócios.

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Diante desse contexto, a capacidade de negociação de dívidas se torna fundamental. Contudo, o processo não é simples e requer uma abordagem estratégica e jurídica. Uma assessoria jurídica especializada desempenha um papel crucial na condução dessas negociações, conforme destaca Paulo Magalhães.

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Inadimplência das empresas cresce no Brasil

No mês de abril, um novo recorde histórico foi registrado no Brasil, com 6.512.731 empresas brasileiras atingindo o status de inadimplentes, conforme aponta o Indicador de Inadimplência da Serasa Experian. Essa marca representa o ponto mais alto desde o início da série histórica em 2016. Além disso, o montante total das dívidas também atingiu um patamar inédito, somando expressivos R$ 117,5 bilhões. Em média, cada CNPJ afetado possui aproximadamente 7 contas negativadas.

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, destaca que o cenário econômico do país continua desafiador para os empreendedores, levando muitos à inadimplência. “Infelizmente, a análise continua a mesma, já que fatores como a inflação e a taxa Selic seguem impactando o poder de compra dos consumidores, a maioria dos quais ainda está negativada. Com insumos mais caros, juros elevados e nenhum estímulo ao consumo, o fluxo de caixa das empresas não encontra espaço para crescer, tornando a quitação de dívidas inviável para os proprietários de negócios”.

Os empreendimentos do setor de “Serviços” são os mais afetados, representando 54% do total de inadimplentes. Em seguida, vem o setor de “Comércio”, com uma representação de 37%, seguido por “Indústrias” (7,7%), “Setor Primário” (0,8%) e “Outros” (0,5%), esta última categoria englobando empresas “Financeiras” e do “Terceiro Setor”.

Analisando por Unidade Federativa, São Paulo lidera como o estado com o maior número de empresas inadimplentes, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.

Das mais de 6,5 milhões de empresas afetadas, 5.755.735 são micro e pequenos negócios. Considerando apenas essas empresas, há mais de 39 milhões de dívidas, totalizando R$ 94,5 bilhões. Luiz Rabi observa que “os empreendimentos de portes menores são naturalmente mais impactados pelas dificuldades financeiras, já que possuem menor fôlego no fluxo de caixa e pouca reserva emergencial”.

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