O ex-senador Flávio Torres, agora empossado como presidente provisório do PDT Ceará, diz que uma das primeiras ações do novo comando estadual da sigla no estado será atuar para mudar a liderança do partido na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).

O posto é hoje ocupado por um deputado aliado do senador Cid Gomes, que está em embate direto com o grupo do ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes dentro da legenda. O presidente nacional do PDT, deputado federal André Figueiredo, integra o mesmo grupo de Ciro e Flávio Torres, e tem protagonizado, ao longo das últimas semanas, uma disputa aberta com Cid pela presidência estadual do partido no Ceará.

O deputado estadual Guilherme Landim é hoje o líder do PDT na Assembleia – mas ele também está na lista dos deputados que pediram carta de anuência para deixar o partido sem consequências legais. Esta semana, 23 parlamentares aliados de Cid solicitaram a emissão das cartas, com o objetivo de sair da legenda.

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“Não é legítimo que o líder do PDT na Assembleia Legislativa seja um deputado que quer sair do PDT. Não faz sentido do ponto de vista ético, uma pessoa que quer sair não pode ser líder daquilo que ela quer sair. Espero que esse argumento ético-moral convença a Assembleia a nomear um dos três deputados que são fiéis à gente”, disse Flávio Torres, em pronunciamento nesta sexta-feira (10).

O PDT conta hoje com 13 deputados na Assembleia Legislativa do Ceará, sendo 10 deles da base do governo Elmano de Freitas (PT) e aliados de Cid Gomes. Os outros três, citados por Flávio Torres, são os que integram o grupo de Ciro: Antônio Henrique, Queiroz Filho e Cláudio Pinho. A intenção, com isso, é de que um deles passe a ocupar a liderança do PDT na Assembleia.

Segundo o novo presidente estadual, o restante dos parlamentares vai ser tratado “como se não fossem mais do PDT – não querem sair?”, questionou ele. “Se vão sair ou não é uma questão burocrática, então ficaremos na Assembleia com os três deputados que querem permanecer no PDT.”

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Na última quinta-feira (9), a executiva nacional decidiu intervir sobre o diretório do Ceará e destituir Cid da presidência estadual. Cid havia sido eleito pela maioria do diretório estadual, após reunião convocada por aliados seus. O diretório, agora após a intervenção do grupo de Ciro, será comandado por Flávio Torres até o fim do ano, quando o mandato se encerra. Com isso, a partir de 2024 o partido já deve passar a ser liderado, de modo definitivo, por um nome do grupo de Ciro e André.

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