O Governo do Estado do Ceará entregou nesta sexta-feira (10) a primeira licença prévia a uma empresa que atua na produção de hidrogênio verde. O documento oficializando a operação foi entregue pelo governador Elmano de Freitas para a multinacional australiana Fortescue, que esteve representada no estado pelo fundador e chairman, Dr. Andrew Forrest AO.
A reunião, com o governador e o empresário, contou ainda com a participação dos senadores Cid Gomes (PDT) e Augusta Brito (PT).
Na ocasião, também foi assinado o projeto de lei que permite a renovação da cessão do uso dos terrenos do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) para que sejam usados na implantação do projeto. O texto do projeto, que será analisado na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), amplia para 40 anos a cessão do uso dos terrenos, com possibilidade de renovação por igual período.
A Fortescue é uma das quatro empresas que têm pré-contrato assinado com o Governo do Estado para produzir H2V no Pecém. O presidente da companhia já tinha se reunido com Elmano e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quinta (9), sobre o assunto.
“Nós estamos aqui porque vocês têm a reputação, em todo o lugar, de fazerem o que dizem que vão fazer, e isso nos atraiu”, apontou o fundador da companhia, exaltando os esforços desempenhados pelo Ceará para dar andamento ao projeto.
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Hidrogênio verde no Ceará: produção pode abastecer 100 milhões de residências
O Ceará emerge como protagonista na transição energética brasileira, impulsionando a produção de hidrogênio verde com capacidade para abastecer até 100 milhões de residências.
De acordo com um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), o Ceará poderia gerar aproximadamente 200 GW de energia, o que é suficiente para atender às necessidades de energia de uma quantidade significativa de residências em todo o Brasil.
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Estudos adicionais indicam que o estado tem a capacidade de produzir cerca de 33.400 toneladas por dia de hidrogênio verde, o que é não apenas suficiente para atender à demanda interna, mas também para exportação. Constantino Frate, coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), afirma que o estado tem o potencial de se tornar um hub de hidrogênio verde, destacando as condições climáticas e geográficas favoráveis do Ceará, além do compromisso das lideranças locais em promover a descarbonização da economia.
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