A deputada federal e ex-prefeita da capital cearense Luizianne Lins (PT), hoje uma das principais pré-candidatas a disputar o posto novamente em 2024, disse que não enxergou qualquer tipo de inovação na gestão da Prefeitura de Fortaleza desde que ela deixou o Paço, quase 11 anos atrás.
“Na minha opinião, muita coisa piorou na cidade desde quando a gente deixou [a Prefeitura]. Para dizer a verdade, não vi nada de inovação nesses últimos 11 anos. Nada parecido com o Cuca , nada parecido com o Hospital da Mulher, nada parecido com o Vila do Mar… Nada que a gente precise”, disse ela em entrevista à Rádio Jovem Pan News Fortaleza, nesta segunda-feira (13).
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Desde que Luizianne deixou a Prefeitura, em 2012, a gestão tem sido tocada pelo mesmo grupo político: nas mãos de Roberto Cláudio (PDT), de 2013 a 2020, e José Sarto (PDT), de 2021 até hoje. Ela já se lançou como pré-candidata pelo PT para o pleito do ano que vem e deve disputar o posto com outros nomes do partido, que definirá um nome no primeiro semestre de 2024.
“Coloquei minha pré-candidatura inclusive porque acho que hoje é fundamental que se consiga reverter muita coisa desde que deixei a Prefeitura, de 2012 até agora. Muita coisa foi desconstruída, principalmente nas políticas sociais. Volto sempre com esse olhar e sinto o sofrimento das pessoas, principalmente das que moram nas regiões periféricas da cidade”, disse ela.
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Luizianne, na mesma entrevista, também pontuou que não sabe dizer exatamente com quem ela e o PT estarão conversando, para a disputa da Prefeitura de Fortaleza, em parte porque muitos dos agentes políticos no Ceará estão hoje com futuro incerto – fazendo alusão a Cid e vários de seus correligionários do PDT, que apoiam o PT na esfera estadual e atualmente tentam sair do partido para migrar para outra legenda.
“É difícil você saber exatamente, nesse momento, com quem dialogar, porque não se sabe onde essas pessoas vão estar. Tem gente que já esteve em oito partidos, mudou oito vezes, talvez já vá para a nona… E tem a chamada janela partidária, que vai acontecer no próximo ano”, lembra ela, referindo-se ao período em que os parlamentares podem sair das siglas pelas quais foram eleitos sem repercussões legais.
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Cabe destacar, por outro lado, que a ala do PDT cujo futuro está indefinido – e que poderá conversar com o PT sobre alianças para 2024 – não é a mesma ala da qual fazem parte Roberto Cláudio e José Sarto. Os dois são aliados próximos do ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes, que não vislumbra qualquer relação com o PT.