Caseiro e a mulher jogaram o corpo dentro de uma cacimba de 25 metros de profundidade, em Aquiraz
Caseiros que mataram advogado em sítio vão a júri popular no próximo dia 30
O casal acusado de matar o advogado Aldrin Helânio Coelho e enterrar o corpo dele dentro de uma cacimba vai a júri popular no próximo dia 30 de novembro. O crime aconteceu no sítio da vítima em fevereiro de 2017, no município de Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza.
As investigações apontaram que o advogado morreu por estrangulamento. Depois de matarem Aldrin, o caseiro e a mulher jogaram o corpo dentro de uma cacimba de 25 metros de profundidade em frente à casa e ainda colocaram cimento sobre ele o que dificultou o trabalho da polícia.
O advogado Márcio Vitor Albuquerque descreveu como hediondo o crime cometido pelos casal de caseiros que inclui diversos agravantes.
“Foi um homicídio qualificado, é um crime hediondo, além disso eles praticaram outros delitos que foi a ocultação de cadáver e a fraude processual. Quando a família chegou no imóvel, o local estava todo limpo, eles lavaram, tiraram sangue tudo isso para despistar e fugir da ação da justiça”, afirma.
Para o irmão da vítima, o administrador Thauzer Fonteles, embora nenhuma pena que seja aplicada após o julgamento vá trazer o advogado de volta, pelo menos haverá uma certa sensação de justiça para a família que há sete anos espera pelo julgamento dos acusados.
“Toda família que passa por isso gostaria que ao término disso tudo voltasse ao normal e quem fez isso pagasse à altura do crime, mas isso nunca vai acontecer, porque ele não volta e quem cometeu o crime não vai pagar à altura. Não é só pegar pena máxima, mas que se cumpra a pena máxima”, diz o irmão.
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Morte de advogado foi decorrente de motivação fútil
A morte do advogado Aldrin Helânio Coelho Fonteles, 49, que teve o corpo encontrado em um poço na tarde de domingo (19), em Aquiraz, foi decorrente de uma “relação promíscua entre patrão e empregado” e “por motivação fútil”. É o que afirma o diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Leonardo Barreto. A briga que terminou com o assassinato começou depois do caseiro reclamar do advogado, que teria recomendado aos donos de bares da região que não vendessem bebida a ele.
Conforme o delegado, nas horas que antecederam o crime, Fonteles e Antônio Rodrigo de Sousa bebiam juntos, ação comum entre eles. Em depoimento, o suspeito afirmou que a esposa Maria Ivone Nascimento Menezes contara a ele que o advogado teria passado mais cedo em alguns bares da região pedindo aos donos que não vendessem bebidas alcoólicas “fiado” para o empregado, já alegando que nas vezes que Antônio Rodrigo bebeu causou problemas.
Ao ser informado sobre o ocorrido, o caseiro demonstrou insatisfação e, sob efeito da bebida, teria iniciado uma luta corporal contra Fonteles, na qual teve ajuda da companheira.
“Acreditamos que se todo mundo estivesse sóbrio, isso não teria acontecido. Cogitamos uma outra linha: quando eles se reuniam, e a namorada da vítima estava presente, havia um desentendimento, porque a vítima dizia ao caseiro que ele estava olhando para sua mulher”, ressaltou Barreto. Também conforme o delegado, no dia do crime, a namorada do advogado não estava no sítio. O casal suspeito alega legítima defesa.
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