O segundo turno da eleição presidencial da Argentina ocorre neste domingo (19) e será disputado entre o libertário Javier Milei (La Libertad Avanza) e o governista Sergio Massa (Unión por la Patria). O segundo turno ocorre porque Massa, primeiro colocado no primeiro turno, não conseguiu fazer mais de 45% dos votos ou mais de 40% com diferença de 10% para Milei — como aponta a lei eleitoral do país.
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Relações com o Brasil
Massa, que é o atual ministro da Economia, perguntou recentemente ao rival de direita se, caso eleito, ele pretende manter relações com o Brasil e com a China e lembrou que Milei já chamou os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Xi Jinping de “comunistas”.
“Você pertence a um governo em que o Alberto Fernández não falava com o Bolsonaro. Que problema tem em eu falar ou não com o Lula?”, rebateu Milei.
Comércio exterior
Argentina e Brasil estão entre os principais parceiros comerciais de lado a lado. Para o Brasil, a Argentina aparece em terceiro lugar, atrás de China e Estados Unidos, como principal destino das exportações.
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Nos últimos anos, as vendas brasileiras para os argentinos foram constituídas mais de 80% por manufaturas de origem industrial, tornando o país vizinho o principal destino desses bens.
Já no caso da Argentina, o Brasil é o maior destino de suas vendas externas, seguido por Estados Unidos e China.
Votos
O primeiro turno terminou com Massa com 36,69% dos votos, enquanto Milei teve 29,99%. Anteriormente, no entanto, nas primárias argentinas — que indicam quais candidatos podem disputar o primeiro turno — Milei havia sido o mais votado do país, com quase o mesmo percentual de votos, 30,04%.
Na história do país, somente o ex-presidente Maurício Macri conseguiu, em 2015, sair de segundo colocado no primeiro turno e virar o jogo no segundo turno, se elegendo.
Para fazer a virada, Milei conta com o apoio da terceira colocada no primeiro turno, Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), que teve 23,84% dos votos.
Por outro lado, Massa vem tentando se aproximar de diversos setores da política e da economia argentina desde o final do primeiro turno.
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