Javier Milei foi eleito como o próximo presidente da Argentina, após a votação do segundo turno da eleição, realizado neste domingo (19). Ele derrotou Sergio Massa, candidato governista, apoiado pelo presidente Alberto Fernández e pela vice-presidente Cristina Kirchner.
Na noite de domingo, Massa reconheceu a derrota e disse que o resultado não era o que havia sido esperado. Disse ainda entender “aqueles que estão desapontados e com raiva”.
Com quase 90% das urnas apuradas, Milei concentrava 55,89% dos votos contra 44,10% do governista. As pesquisas vinham indicando um cenário mais apertado entre os dois candidatos.
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O primeiro turno terminou com Massa com 36,69% dos votos, enquanto Milei teve 29,99%. Anteriormente, no entanto, nas primárias argentinas — que indicam quais candidatos podem disputar o primeiro turno — Milei havia sido o mais votado do país, com quase o mesmo percentual de votos, 30,04%.
Na história do país, somente o ex-presidente Maurício Macri conseguiu, em 2015, sair de segundo colocado no primeiro turno e virar o jogo no segundo turno, se elegendo.
Para fazer a virada, no segundo turno, Milei contou com o apoio da terceira colocada no primeiro turno, Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), que teve 23,84% dos votos. Por outro lado, Massa tentou se aproximar de diversos setores da política e da economia argentina desde o final do primeiro turno.
Javier Milei, de 53 anos, apresenta propostas mais radicais no campo da economia, propondo a dolarização da economia argentina e sugerindo o fechamento do Banco Central, além de restrições nas relações com a China, um dos principais parceiros econômicos do país.
Milei adota uma abordagem mais drástica para se diferenciar de Massa, chegando a chamá-lo de “delinquente” e acusando o governo de roubar os argentinos. O novo presidente eleito da Argentina diz buscar mudanças profundas para reestruturar a economia do país.
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