O ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) criticou neste domingo (19) a postura de kirchneristas (apoiadores do grupo dos ex-presidentes Néstor Kirchner e Cristina Kirchner) na Argentina e fez um paralelo com os petistas e apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil – o que acabou provocando uma resposta do deputado José Guimarães (PT). Na ocasião, Ciro comentava a vitória de Javier Milei, eleito na mesma data como o próximo presidente da Argentina.
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“A vitória do populismo moralista de direita na Argentina é claro produto do fracasso do populismo incompetente e corrupto que a governa, por detrás de um discurso falso de esquerda e de identitarismo vesgo”, disse Ciro, em publicação nas redes sociais. Ele se refere ao grupo do atual presidente do país, Alberto Fernández, que lançou Sergio Massa como candidato à presidência, contra Milei.
“Há um jogo complexo de causas, antigas e recentes. Há o comodismo de não buscar reformas institucionais, políticas e econômicas profundas. Há a falta de manejo correto da economia. Mas há, sem dúvida, o peso decisivo do lixo ideológico exportado dos EUA e importado acriticamente por lulopetistas e kirchneristas. Acordemos enquanto é tempo”, disse ainda.
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O deputado federal José Guimarães (PT), líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, rebateu a fala de Ciro: “É muita inveja! Só isso justifica tamanha insensatez.”
Ciro disputou a presidência da República em quatro ocasiões diferentes, com Lula tendo vencido a disputa em duas delas – em 2002 e em 2022. Principalmente desde 2018, Ciro vem intensificando o discurso crítico contra Lula e os petistas, dobrando a aposta inclusive no cenário estadual, contribuindo para o racha entre PT e PDT no Ceará e liderando o grupo antipetista no PDT local. Hoje ele está rompido com o irmão, o senador Cid Gomes (PDT), que representa um grupo mais próximo dos petistas dentro do partido.
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Javier Milei foi eleito como o próximo presidente da Argentina neste domingo (19), no segundo turno da eleição. Ele derrotou Sergio Massa, candidato governista, apoiado pelo presidente Alberto Fernández e pela vice-presidente Cristina Kirchner. Milei, de perfil conservador, tem sido chamado de “o Bolsonaro da Argentina” desde o início da campanha.