Regilânio da Silva Inácio, de 42 anos, o aluno que foi atingido por um aparelho de musculação em agosto desse ano em uma academia em Juazeiro do Norte (CE), compartilhou nas redes sociais um vídeo em que mostra estar conseguindo engatinhar durante as sessões de fisioterapia. O registro, publicado em seu perfil, mostra Regilânio sobre um colchão com o auxílio de uma profissional.

“Nunca pensei que engatinhar fosse tão difícil”, disse o homem. As imagens já têm mais de 10 mil visualizações.

Após o acidente, a vítima perdeu os movimentos das pernas. Conforme o Hospital Santo Antônio, onde Regilânio ficou internado e fez cirurgia, ele tinha apenas 1% de chance de voltar a andar.

O acidente ocorreu no último dia 4 de agosto, quando Regi, de 42 anos, foi atingido por uma máquina de agachamento convencional, conhecida como “hack squat”. O equipamento, com peso de 150kg, atingiu o aluno na região da nuca, causando uma lesão gravíssima na parte inferior da coluna vertebral.

“Travei a máquina, desci, dei a volta, coloquei mais peso, e sentei pra descansar. E aconteceu. Na hora, hora pensei que eu tinha morrido. Eu senti o meu corpo partindo, a parte debaixo do quadril sem controle, tudo adormecido, é uma sensação tão esquisita, como se eu não tivesse as minhas pernas. A dor foi tão violenta, que na mesma hora eu tive a consciência que nunca mais voltaria a andar. O que vier pra mim é lucro. É muito difícil aceitar, porém, não vou desistir, vou correr atrás, vou buscar o 1% de chance de que eu possa andar”, detalhou Regilânio em entrevista à época.

Após o acidente, Regi foi levado ao Hospital Santo Antônio, em Barbalha, onde os médicos constataram a gravidade da situação. Diante das questões burocráticas e do tempo que uma intervenção pelo sistema de saúde público (SUS) demandaria, a família decidiu agir rapidamente. Eles arcaram com o custo de R$35 mil para que Regi fosse submetido a uma cirurgia emergencial ainda no sábado, 5 de agosto.

Parte do valor doado veio de uma contribuição do empresário responsável pela academia onde ocorreu o acidente, evidenciando a importância de uma rede de apoio solidária em situações difíceis. A avaliação médica foi de que Regilânio tinha apenas 1% de chance de voltar a andar.

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