Os órgãos especializados já trabalham com a perspectiva de um ano de seca em 2024, conforme levantamento da Funceme.
Ceará vai buscar verbas junto ao governo federal para ações emergenciais contra a seca
O Governo do Estado do Ceará deve buscar a gestão federal, na intenção de arrecadar recursos para viabilizar ações de emergência contra a seca em 2024. Trata-se de uma das medidas previstas para lidar com a perspectiva de baixas precipitações no ano que vem, já antecipada pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
A gestão estadual fez reunião nesta terça-feira (28) com diversos órgãos relevantes ao tema para elaborar um plano de ações, incluindo a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), a Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), a Defesa Civil, a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e a Secretaria do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (Sema), entre outros.
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Para o governador Elmano de Freitas (PT), é importante que o Ceará se antecipe para elaborar um plano apropriado. “O cenário para 2024 será desafiador. É importante que possamos aprofundar ao máximo a situação que teremos pela nossa frente. Em comparação com outros anos mais complicados, saímos na frente e poderemos nos planejar, o que é fundamental. Desta maneira, buscamos diminuir as dificuldades previstas para o próximo ano”, disse ele, na ocasião.
Outra medida determinada foi para que os técnicos dos órgãos em questão elenquem um conjunto de obras prioritárias para enfrentar os efeitos da estiagem, que será provocada pelo efeito meteorológico El Niño.
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Conforme o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, o processo de preparação começa nos próximos dias, detalhando ações a serem implementadas já no início do ano que vem. “Nós estamos nos antecipando ao que achamos provável para a quadra chuvosa de 2024. O quadro que se apresenta é sim preocupante, mas o fato de se preparar com antecedência é algo fundamental”, conta.
Segundo ele, alguns municípios cearenses estão resguardados dos impactos da seca devido a anos positivos recentes. “Nós temos, pelo estágio atual das nossas reservas, uma segurança hídrica para o próximo ano para a Região Metropolitana de Fortaleza. Mas, de qualquer forma, é importante a antecipação. Até porque não sabemos como serão os anos que se seguem, 2025, 2026, 2027, que sempre tem aquela possibilidade de uma seca multi-anual. Também por isso, é muito importante que a população se conscientize no uso da água. Esse tipo de pequenas ações, pequenos gestos, podem resultar em grande economia quando a gente olha uma escala maior, como a da região metropolitana.”
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Já segundo o titular da Secretaria de Recursos Hídricos, Ramon Rodrigues, há ainda a intenção de engajar os municípios nas discussões sobre o tema. “Tivemos um aporte razoável neste ano, mas não podemos projetar gastar, precisamos de muita parcimônia no uso dessa água. Já sabemos que não teremos boa recarga em 2024, então já estamos pensando também em 2025 em diante. Queremos intensificar os encontros dos grupos de discussão da seca e engajar maior suporte, trazendo também as prefeituras e os municípios como aliados dessa preocupação”, diz ele.
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