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Justiça do Ceará decide que mentor do furto ao Banco Central ficará preso em presídio federal

Justiça do Ceará mantém mentor do furto ao Banco Central preso em presídio federal

Foto: Reprodução

A Justiça do Ceará por meio da 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Fortaleza renovou nesta segunda-feira (27), a permanência de Antônio Jussivan Alves dos Santos, conhecido como Alemão, no Presídio Federal de Catanduvas (PR). Ele é responsável por liderar o furto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005. Na ocasião, foram levados R$ 164,7 milhões da instituição financeira, em notas de R$ 50, por meio de um túnel.

A Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP-CE) formulou o pedido de prorrogação no último dia 5 de novembro, argumentando que os motivos que determinaram o recolhimento em unidade prisional federal de segurança máxima não cessaram. As autoridades lembraram que o homem possui grande influência nas unidades prisionais em que esteve custodiado e ocupa posição de liderança em uma facção criminosa do país.

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A SAP destacou que, embora o Ceará tenha inaugurado, em agosto de 2021, uma Unidade Prisional para acolher presos que representam forte risco à segurança pública, o grau de periculosidade do “Alemão” faz com que ele precise permanecer em um espaço localizado em outra região. O representante do Ministério Público também se manifestou pela manutenção do recluso na penitenciária federal.

A defesa do detento afirmou que sua transferência para o presídio federal de segurança máxima se baseou em um falso plano de fuga e que a SAP não possuía quaisquer indícios de violação prisional nem elementos que indicassem a influência do homem em uma ato de indisciplina de outro preso. Além disso, destacaram que a condenação é relativa a fatos criminosos praticados há mais de 18 anos e que, desde então, não houve registro de nenhuma situação que comprovasse o perfil de periculosidade citado.

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Sobre a decisão de manter mentor preso em Presídio Federal

Ao proferir a decisão, o juiz Raynes Viana de Vasconcelos, titular da 1ª Vara de Execução Penal, considerou que o homem foi transferido para o sistema federal após tentar fugir em agosto de 2017 e que a rede prisional cearense vem enfrentando instabilidades desde 2016 em decorrência do acirramento de disputas pelo poder entre as principais organizações criminosas atuantes no Estado.

“Entendo por necessária a permanência de Antônio Jussivan em unidade prisional localizada em outra unidade da federação, isso porque, a permanência no sistema penitenciário federal arrefece sua influência dentro e fora das unidades prisionais do Ceará, em razão do rigor adotado na segurança desses estabelecimentos, inclusive com a gravação das conversas mantidas entre os presos e suas visitas o que dificulta a comunicação entre o apenado e os demais membros de sua organização, impedindo assim, o planejamento de novos crimes e, até mesmo, de nova tentativa de fuga”, ressaltou.

O furto ao Banco Central em Fortaleza

O assalto ao Banco Central aconteceu em agosto de 2005, quando por um túnel, criminosos levaram R$ 164,7 milhões em notas de R$ 50 do caixa forte da agência localizada em Fortaleza. Alemão foi apontado como mentor do plano e condenado a 40 anos de prisão.

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