INVESTIMENTOS

Senado aprova projeto de taxação de fundos dos super-ricos e offshores

A medida é uma das principais apostas da gestão federal para aumentar a arrecadação de impostos

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30 de novembro de 2023
Portal GCMAIS

O Senado Federal aprovou o projeto de lei que estabelece a taxação dos chamados fundos exclusivos (voltados para alta no Brasil), ou os super-ricos e offshore (no exterior). A matéria, que já havia passado pela votação da Câmara dos Deputados, agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Senado aprova projeto de taxação de fundos dos super-ricos e offshores
Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado

A medida é uma das principais apostas da gestão federal para aumentar a arrecadação de impostos, na tentativa de fazer a balança pesar mais para o lado dos mais ricos. O relator da matéria na casa, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), estima que deve ser arrecadado cerca de R$ 13 bilhões no ano de 2024 decorrentes dessa arrecadação.

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Conforme o texto, os fundos exclusivos terão normas igualadas às que valem para os outros fundos. Ou seja, os super-ricos que têm investimentos nesses fundos especiais vão ter que pagar o “come-cotas”, que é o recolhimento periódico do imposto de renda. A cobrança vale a partir de 2024, prevendo 15% de incidência sobre o rendimento de fundos de longo prazo, ou ainda 20% para investimentos de curto prazo, de até um ano. A tributação acontecerá a cada seis meses.

Hoje, apenas 2,5 mil brasileiros aplicam nesses fundos exclusivos, que somam R$ 756 bilhões em patrimônio. O montante representa 12,3% da indústria de fundos do Brasil.

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Já os fundos offshores, que são utilizados por investidores super-ricos que entregam bens no exterior para terceiros administrarem, terão uma cobrança anual de 15% no Imposto de Renda a partir de 2024. A tributação será feita uma vez ao ano, no dia 31 de dezembro. Atualmente, quem tem dinheiro em offshore só paga 15% de IR sobre o ganho de capital – mas isso acontece apenas quando e se o dinheiro voltar ao Brasil.

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A Câmara dos Deputados já havia aprovado a matéria, com 323 votos favoráveis e 119 contrários. A votação ocorreu após o presidente Lula demitir a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, e indicar um nome próximo ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL ), para o cargo.

Com informações da Agência Brasil.

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