O governador Elmano de Freitas participou, no último sábado (2), do segundo dia de agenda na 28ª edição da Conferência das Partes (ou COP 28) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), em Dubai. Em sua programação diária, o chefe do Executivo Cearense participou de vários painéis, incluindo o da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“Em mais um dia em Dubai, apresentei investimento realizados no Ceará voltados para fortalecer o protagonismo do nosso estado no processo de transição de matriz energética”, pontuou o governador cearense.
Em sua primeira agenda do dia, o governador participou do painel da Alece, onde foi apresentada a implantação da Agenda Ceará 2030 no Legislativo Cearense. A apresentação mostrou o papel da instituição na promoção da responsabilidade social, gestão ambiental e parceria com outros poderes.
“Nós temos muita concordância, temos um decisão muito forte a respeito do que o Ceará pode colaborar com a descarbonização do planeta”, pontuou o governador. “O Ceará, há muito tempo, pelo menos 16 anos, fez investimentos para implantação e crescimento de produção de energia renovável, energia eólica, energia solar. Desde 2019, o Estado do Ceará buscou articular essa produção de energia renovável com a perspectiva de produção de hidrogênio verde, e compreendemos que um elemento central da descarbonização é a substituição da matriz energética existente no mundo”, explicou Elmano.
O Ceará é destaque quando o assunto é mudança de matriz energética, sendo o estado com mais memorandos assinados para a produção de hidrogênio verde no Brasil – 35 documentos até o momento.
COP 28: União do público e privado na transição
O chefe do Executivo Cearense também discursou no stand da Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde ressaltou a importância da união entre poder público e privado para promover mudanças positivas na vida das pessoas e do planeta.
“Esse momento aqui, na COP 28, com a simbologia de estarmos juntos os investidores da indústrias do país, com o líder no governo no Senado Federal, com governadores, com deputados federais, com ministro. O que demonstra a absoluta confiança da nossa necessidade de estarmos juntos, de pensar o Brasil, em curto, médio e longo prazo, na mudança de matriz energética que o mundo vive, na necessidade de aproveitarmos a oportunidade que está posta à nossa frente. Devemos fazer isso de mãos dadas, setor público e privado, para que possamos alavancar os investimentos dessa nova economia que está surgindo no mundo”, concluiu Elmano.
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Hidrogênio verde
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, também participou da COP 28 e mediou o Painel Transição Energética – Hidrogênio de Baixo Carbono, que integra a programação da Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP 28), para falar sobre aspectos da produção do hidrogênio verde. O painel aconteceu neste domingo (3), em Dubai.
Na ocasião, foram pautados projetos de pesquisa e de mercado que têm orientado a produção nacional para a chamada economia do hidrogênio. O Brasil é apontado como tendo papel fundamental no processo de transição energética no cenário mundial.
Entre os participantes do painel estavam também o ministro de Minas e Energias do Brasil, Alexandre Silveira de Oliveira; o secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Thiago Barral; o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg; o diretor de Sustentabilidade da Weg, Daniel Godinho; e o Diretor de Relações Institucionais e ESG da Prumo Logística, Eduardo Kantz.
Durante o painel, Ricardo Cavalcante pontuou que a transição energética é um dos principais pontos que impulsionam o novo processo de industrialização no Brasil. O presidente da Fiec reforçou ainda a importância de gerenciar a abundância de fontes no território nacional e ao mesmo tempo preparar o ambiente para aproveitar a janela de oportunidades que a economia do hidrogênio deve proporcionar no país.
O estado do Ceará, em meio a isso, tem se mobilizado na direção da produção de hidrogênio verde. Na última semana, assinou um Memorando de Entendimento com o Grupo Jepri para o desenvolvimento de uma planta de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), situado na Região Metropolitana de Fortaleza. Esse foi o 35° memorando assinado entre o estado e empresas nacionais e estrangeiras.
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