Guilherme Sousa Ferreira, comerciário do município de Maracanaú, recebeu liberdade após passar quase três meses injustamente preso em uma unidade penitenciária no Ceará. Guilherme foi acusado de tráfico de drogas, roubo, homicídio e associação criminosa, crimes que ele nunca cometeu.
A prisão ocorreu no início de setembro deste ano, e desde então, Guilherme enfrentou um período difícil atrás das grades. A família, que sempre preza pelos valores éticos e nunca teve envolvimento com atividades criminosas, recebeu Guilherme com festa e emoção ao saber de sua liberdade.
Inocente ganha liberdade
Guilherme, que trabalha com carteira assinada e colabora no comércio da família, ficou surpreso ao ser detido de maneira abrupta, sendo tratado como um criminoso pela polícia civil fortemente armada. Ele expressou sua indignação ao relatar a situação: “Foi muito difícil. Eu que desde criança fui criado dentro da igreja e sempre prezei pelo fazer o certo. Sempre fui criado em fazer o certo, o correto. Nunca me envolvi com crime, nunca me envolvi com o tráfico de drogas, nunca roubei, nunca assaltei. E aí levar um pé na porta, né? Pela polícia civil, policiais fortemente armado, como se fosse um traficante, um bandido, um chefe de uma facção criminosa que estivesse dentro de casa”, desabafou Guilherme Sousa.
Ele reforçou que ir para cadeia foi o momento mais difícil da vida dele. Apesar do receio de estar em um lugar hostil, ele disse que os outros detentos “foram gentis”.
“Foram dias bem difíceis. É a gente orou muito, a gente ficava se perguntando a Deus o porquê disso tudo. A gente queria entender o que era que estava acontecendo. Porque o menino que nunca nem sequer respondeu à gente. Um menino muito educado. A gente ficava sem entender, né? Mas graças a Deus, graças a reportagem, o trabalho do advogado e todo mundo ajudando deu tudo certo. As igrejas também se mobilizaram em oração” disse Maria Leny, mãe de Guilherme.
Já o advogado que acompanha o caso falou sobre o estigma que permanece para a vida toda. “Ele viveu lá experiências que ele nunca vai esquecer. Então não há indenização que vá pagar esse período que ele passou preso e esse período que ele vai passar sendo processado. Porque nesse processo ainda pode acontecer dele ser condenado lá na frente, então fica sempre aquela preocupação. Só ao final, quando sair uma sentença absorvendo, então, a gente vai começar a cobrar do estado o que realmente aconteceu”, explicou Marcos Sousa, advogado de Guilherme.
Comerciário inocente ganha liberdade após quase 3 meses preso
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