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Dino e ex-ministro de Bolsonaro, Rogério Marinho, têm primeiro embate na sabatina

Dino e ex-ministro de Bolsonaro, Rogério Marinho, têm primeiro embate na sabatina

Foto: Reprodução

O ministro da Justiça Flávio Dino e o senador Rogério Marinho (PL-RN) tiveram um embate durante a sabatina de Dino no Senado, pela indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina acontece antes da votação que definirá se a casa legislativa aprova o nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em um dos questionamentos feitos por Marinho, ele assinala que Dino visitou a Favela da Maré com “pouquíssima condição de segurança pública” – ecoando um boato que vinha circulando, nas redes, nos dias anteriores. O ministro, por sua vez, mostrou documentos que mostram que havia reforço de segurança no local, com o governo tendo avisado com três dias de antecedência a Polícia Militar do Rio de Janeiro, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF), além do Corpo de Bombeiros.

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“Todas essas instituições estavam presentes lá. Não sei de onde tiraram essa história de que não havia segurança, todos esses órgãos foram comunicados”, retrucou. “Claro que ali compareci, considero que é dever do cargo atender todos os convites que venham da sociedade. Assim como me reúno com empresários, claro que atendo convites das pessoas mais pobres também, diz isso minha vida inteira.”

Em outra ocasião, Marinho disse que Dino “está belicoso” e disse que o ministro havia se referido a ele de forma jocosa, fazendo referência a Marinho ter integrado o PSB – partido atual de Dino. “Acho que o senhor que está belicoso”, respondeu Flávio Dino, explicando que a alusão que fez ao senador dizia respeito à primeira interação que os dois tiveram, em 2007. “De fato, você tinha filiação partidária dentro do nosso bloco, e perguntei inclusive ao senhor: qual seu parentesco com Djalma Marinho? E você disse com muito orgulho: é meu avô. Foi essa alusão que fiz de forma respeitosa, porque acho que Djalma Marinho tinha característica de um bom político”, disse ele.

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Dino também teve a parcialidade questionada por Marinho, que perguntou se ele vai se declarar impedido de julgar casos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Vossa excelência fez afirmações como ‘Bolsonaro é um serial killer. É o próprio demônio’. Vossa excelência acredita que caso seja ministro do STF terá isenção para julgar Bolsonaro ou aqueles com afinidade com o bolsonarismo?” Dino se esquivou da resposta, não garantindo que iria se declarar imepdido de julgar esses casos.

Dino é sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, como passo necessário antes da votação. Os parlamentares votarão se aprovam ou não a indicação de Lula, que nomeou Dino como seu segundo ministro do STF indicado no atual mandato – o primeiro havia sido Cristiano Zanin, também neste ano. Também nesta quarta (13), é sabatinado Paulo Gonet, indicado por Lula para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR).

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