A seguir, confira o Evangelho do Dia e medite com as palavras do Santo Padre Papa Francisco.
PRIMEIRA LEITURA
Leitura do Livro do Profeta Isaías 7,10-14
Naqueles dias,
o Senhor falou com Acaz, dizendo:
“Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal,
quer provenha da profundeza da terra,
quer venha das alturas do céu”.
Mas Acaz respondeu:
“Não pedirei nem tentarei o Senhor”.
Disse o profeta:
“Ouvi então, vós, casa de Davi;
será que achais pouco incomodar os homens
e passais a incomodar até o meu Deus?
Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal.
Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho,
e lhe porá o nome de Emanuel”.
EVANGELHO DO DIA
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,26-38
No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
a uma virgem, prometida em casamento
a um homem chamado José.
Ele era descendente de Davi
e o nome da Virgem era Maria.
O anjo entrou onde ela estava e disse:
“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
Maria ficou perturbada com estas palavras
e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
O anjo, então, disse-lhe:
“Não tenhas medo, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Eis que conceberás e darás à luz um filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande,
será chamado Filho do Altíssimo,
e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi.
Ele reinará para sempre
sobre os descendentes de Jacó,
e o seu reino não terá fim”.
Maria perguntou ao anjo:
“Como acontecerá isso,
se eu não conheço homem algum?”
O anjo respondeu:
“O Espírito virá sobre ti,
e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra.
Por isso, o menino que vai nascer
será chamado Santo, Filho de Deus.
Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice.
Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril,
porque para Deus nada é impossível”.
Maria, então, disse:
“Eis aqui a serva do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra!”
E o anjo retirou-se.
PALAVRAS DO SANTO PADRE SOBRE O EVANGELHO DO DIA
Receber o batismo era sinal externo e visível da conversão de quantos ouviam a sua pregação e decidiam fazer penitência. Aquele batismo ocorria com a imersão no Jordão, na água, mas era inútil, era apenas um sinal e era inútil, quando não havia a disponibilidade de se arrepender e mudar a vida. A conversão supõe a dor pelos pecados cometidos, o desejo de se livrar deles, o propósito de os excluir para sempre da própria vida. Para excluir o pecado, é necessário rejeitar também tudo o que está ligado a ele, as situações relacionadas com o pecado, ou seja, é preciso recusar a mentalidade mundana, o apreço excessivo pelas comodidades, o apreço excessivo pelo prazer, pelo bem-estar, pelas riquezas. O exemplo deste desapego vem-nos mais uma vez do Evangelho de hoje, na figura de João Batista: um homem austero, que renuncia ao supérfluo e procura o essencial. O abandono das comodidades e da mentalidade mundana não é um fim em si mesmo, não é uma ascese somente para fazer penitência: o cristão não é um “faquir”, mas visa a consecução de algo maior, ou seja, o reino de Deus, a comunhão com Deus, a amizade com Deus. (Angelus de 6 de dezembro de 2020)
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