Nova carteira de identidade no Estado já está em vigor em algumas partes do País.
Pessoas trans do Ceará terão isenção na emissão da primeira carteira de identidade
Os deputados estaduais aprovaram nesta terça-feira (19) uma emenda que isenta pessoas transgênero na primeira emissão da carteira de identidade que retifica seu nome e/ou gênero. A iniciativa é do deputado estadual Renato Roseno (Psol), que altera a Lei 15.838, de 27 de julho de 2015, que dispõe sobre a taxa de fiscalização e prestação de serviço público no Ceará. A proposição foi feita a partir de mensagem do governador Elmano de Freitas (PT) que implementa a nova carteira de identidade no Estado, já em vigor em algumas partes do País.
O novo modelo de documento que será válido em todo território nacional, onde a identificação será única, por meio do CPF. Nele, haverá apenas um campo para nome, sem distinção entre nome de registro civil e nome social, não indicando o sexo da pessoa. Além dessa novidade, a nova identidade continuará sendo emitida em cédula de papel, mas também pode ser feita em formato de cartão, como já acontece em alguns estados, ficando a critério do cidadão. O projeto do Poder Executivo, contudo, estabelece que a emissão do documento será feita mediante o pagamento de R$ 68.
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A proposta incluiu na isenção as pessoas trans na emissão da carteira de identidade com seu nome e/ou gênero retificados. Atualmente, o dispositivo também dispensa o pagamento de pessoas de baixa renda inseridas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico); cidadãos vítimas de roubo, desde que comprovem com boletim de ocorrência; pessoas que estão em gozo do seguro-desemprego; população em situação de rua; e pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, desde que referenciadas pela rede socioassistencial.
Autor da emenda, o deputado Renato Roseno (Psol) reforça que as pessoas transgênero já lidam com os custeios das emissões de certidões, reuniões de documentos, além dos deslocamentos a diferentes cartórios durante a preparação para o procedimento de retificação de seus nome e/ou gêneros.
“Não se trata apenas de isenção, isso visa assegurar a dignidade da pessoa humana. Para a população trans, na realidade, a proposta contempla uma peculiar situação em que, pela primeira vez, o indivíduo terá garantido um documento de identidade com o nome e/ou gênero com o qual se identifica, como ocorre em um documento de 1ª via”, justifica o parlamentar.
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