O menino de 5 anos de idade que teve o pênis decepado pelo padrasto, no início deste mês, teve alta do Instituto Dr. José Frota (IJF), onde ele deu entrada no dia do crime. O caso aconteceu no município de Canindé, no dia 6 de dezembro.
A ocorrência, no campo policial, segue em investigação. O padrasto, de 26 anos, foi preso em flagrante na ocasião. Agora há uma ação penal tanto contra o padrasto quanto contra a mãe da criança, que teria sido omissa na proteção da criança e, segundo os agentes, deu até três versões diferentes do ocorrido, em uma tentativa de acobertar o crime cometido. A criança, atualmente, está sob a guarda do pai.
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No dia do ocorrido, o garoto deu entrada no hospital com a genitália dilacerada e dentro de um isopor. Ele passou por uma cirurgia de reconstrução no mesmo dia, mas a recuperação deve ser lenta e gradual. Segundo os médicos, ele vai precisar ainda de acompanhamento psicológico e outros tipos de atenção médica ao longo do crescimento.
O pai do menino conta que, após o ocorrido, pediu demissão do trabalho para dar maior atenção ao garoto. “Foi uma cirurgia complicada, porque foi arrancada a genitália da criança. Esses dias têm sido muito corridos, a gente fica pra lá e pra cá. Eu, como pai, estou muito revoltado pelo caso, porque acho muita crueldade pra uma criança de cinco anos”, disse ele, em entrevista para a TV Cidade Fortaleza.
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“Espero que as pessoas que fizeram isso com o meu filho venham a pagar, responder, porque acho que o certo é o certo e o que a gente quer é justiça, porque não tem explicação para o que foi feito com essa criança”, continua.
Conforme as forças policiais, antes do ocorrido já haviam sido feitos diversos boletins de ocorrência na Delegacia de Canindé por maus tratos contra a criança.
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O advogado do pai pontua que a mãe do menino chegou a dar até três versões diferentes do ocorrido, tentando minimizar a ação do padrasto. “Foi dito primeiro que a criança, por ter coçado, teria ocasionado tudo isso. Disse também que ele teria sentado em um arame de caderno. Várias versões. E o MP [Ministério Público] entendeu que estava existindo omissão por parte da mãe”, conta ele.
O nome do suspeito não foi divulgado, para preservar a identidade da vítima.