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Preços dos alimentos fecham o ano em queda pela primeira vez desde 2017

Fortaleza é a única capital que teve redução nos preços dos alimentos em janeiro

Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

O ano de 2023 registra uma novidade nos preços dos alimentos, marcando a primeira queda desde 2017. Uma safra recorde, a redução nos preços das commodities agrícolas e uma desinflação global contribuíram para a redução dos preços dos alimentos ao longo do ano. O grupo de alimentação no domicílio apresenta uma média de 2,4% de queda nos preços até novembro, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, que monitora o custo dos produtos para famílias com renda de um a cinco salários mínimos.

As projeções dos economistas indicam uma deflação um pouco superior a 1%, destacando uma redução de 9,4% nos preços das carnes e 6,8% nos preços das aves e ovos.

Até novembro, o INPC acumula 3,1%, representando o menor valor desde 2017. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) engloba famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, o INPC concentra-se nos bens e serviços consumidos por famílias de renda mais baixa.

O INPC serve como um indicador do impacto das variações nos preços dos alimentos na população de menor renda, onde a alimentação tem um peso mais significativo no orçamento. Este índice representa aproximadamente metade da população brasileira, em média.

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Economistas atribuem a safra recorde de grãos, incluindo soja, milho e feijão, como um fator-chave para a oferta abundante desses produtos, refletindo positivamente em outros itens da cadeia alimentar, como óleo de soja, carnes e frango. Além disso, a desaceleração nos preços das commodities agrícolas, que haviam aumentado significativamente nos últimos anos, tem impactado diretamente o consumidor.

Em entrevista ao portal O Globo, o economista Luiz Roberto Cunha, professor da PUC Rio, destacou que a população de renda mais baixa experimentou um ano melhor, impulsionado pelo retorno do Bolsa Família, o aumento real no salário mínimo no início do ano e iniciativas como o programa Desenrola, que auxilia na redução de dívidas. Esses fatores, combinados, têm contribuído para um cenário mais favorável para a população de menor poder aquisitivo.

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