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Migração de Cid Gomes para o PSB frustra planos de federação com o PDT

Migração de Cid Gomes para o PSB frustra planos de federação com o PDT

Foto: Reprodução / Instagram

A migração do senador Cid Gomes e seus aliados do PDT para o PSB, na prática, acaba inviabilizando os planos que estavam encaminhados para fechar uma federação entre os dois partidos. Os acertos vinham sendo feitos a nível federal, mas com desdobramentos importantes principalmente em Recife e em Fortaleza.

O PSB, que hoje tem sua força concentrada no estado de Pernambuco, vinha fechando troca de apoios com o PDT que incluíam adesão à candidatura de reeleição de João Campos à Prefeitura de Recife, em troca de apoio do PSB à candidatura de José Sarto em Fortaleza.

Além disso, a perspectiva de formação de uma federação partidária teria como objetivo – da parte do PSB – driblar a cláusula de barreira e ganhar sobrevida. Conforme apuração do jornal O Globo, com a chegada do numeroso grupo de Cid, essa preocupação perde força dentro da sigla.

Cid Gomes e seus aliados vinham buscando uma nova legenda para abrigá-los após a saída do PDT. A saída se dá após uma sequência de disputas internas, travadas entre o grupo de Cid e o grupo liderado pelo ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes. A maioria dos prefeitos e deputados pedetistas do Ceará estão com Cid e o acompanharão na nova sigla.

A mudança para o PSB ainda não foi oficialmente divulgada pelo senador e deve ser publicizada ainda no início deste ano. O PSB no Ceará é hoje comandado pelo ex-deputado Eudoro Santana, que é também pai do ministro da Educação Camilo Santana. Além do PSB, eram avaliados pelo grupo o PT e o Podemos.

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Nem todos os aliados de Cid migram para a mesma sigla que ele e o restante do grupo: o deputado estadual Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, se filiou ao PT, assim como sete outros parlamentares do grupo. Além disso, a prefeita de Limoeiro do Norte, Dilmara Amaral, entrou para o Republicanos.

Cid e os prefeitos de seu grupo devem se filiar ao PSB ainda em fevereiro, enquanto os deputados e vereadores dependem da efetivação da carta de anuência para poderem sair do PDT – a validade das cartas é alvo de questionamento na Justiça por parte do grupo de Ciro. Em último caso, sairão da sigla durante a janela partidária. Isso, no entanto, pode não valer para os deputados federais aliados de Cid, que ainda têm perspectiva de continuar no PDT, ao menos por enquanto.

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