O PDT está com conversas avançadas para indicar o ex-senador Flávio Torres como presidente da comissão provisória que vai comandar o partido no Ceará, com o fim do mandato de Cid Gomes à frente do comando estadual. Cid deixou o posto oficialmente no dia 1º de janeiro e a sigla, por enquanto, segue sem presidente no estado.
A troca sucede uma série de disputas judiciais pelo comando do partido no Ceará, com o senador Cid Gomes tendo conseguido se manter no comando do PDT, após ter sido eleito pelos aliados em reunião do diretório. O grupo comandado por ele travava uma disputa de poder com o grupo comandado pelo ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes.
Flávio Torres chegou a comandar brevemente o PDT Ceará em meio aos imbróglios judiciais. Na ocasião, o PDT nacional havia afastado Cid da presidência estadual e implementado uma comissão provisória chefiada por Flávio Torres, que integra o grupo de Ciro dentro do partido. A mudança, no entanto, foi depois revertida pela Justiça.
Cid Gomes e seus aliados estão de saída do PDT, tendo constatado que é inviável permanecer no partido em meio à disputa constante de espaço com o grupo de Ciro, que hoje controla o comando nacional da legenda. Com isso, Cid deve desembarcar no PSB em breve. Também integram o grupo cirista no PDT o presidente nacional do partido, deputado federal André Figueiredo; o prefeito de Fortaleza, José Sarto; e o ex-prefeito Roberto Cláudio.
O pedido para instalação da comissão provisória presidida por Flávio Torres agora aguarda a chancela do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE).
Cid e Ciro, em meio a essa disputa, tiveram um rompimento público tanto na esfera política quanto na pessoal, com os dois irmãos pontuando que já não se falam desde 2022. No ano passado, eles chegaram a protagonizar uma briga exaltada durante reunião do PDT nacional, no Rio de Janeiro.
A divisão entre as duas vertentes dentro do partido surgiram ainda durante o período eleitoral de 2022, quando uma parcela da sigla defendia a reeleição da então governadora Izolda Cela e outra parcela defendia a indicação de Roberto Cláudio como candidato da legenda. Izolda também era defendida pelo PT e outros partidos que faziam parte da base aliada. Após ela ter sido preterida na escolha, o PT rompeu com o PDT a nível estadual e lançou Elmano de Freitas para a disputa.
Elmano acabou vencendo a eleição, com Roberto Cláudio – escolhido pelo PDT no lugar de Izolda – ficou em terceiro lugar na votação. Cid e seus apoiadores então se aliaram a Elmano e aos petistas, hoje integrando a base do governo estadual, enquanto o grupo de Ciro se mantém firmemente na oposição à atual gestão.
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