O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que entre os planos dos envolvidos nas invasões de 8 de janeiro estava seu sequestro e enforcamento. O ministro é recorrentemente apontado como principal alvo das manifestações golpistas que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em janeiro do ano passado.
Moraes conta que os manifestantes da ocasião tinham basicamente três vertentes de planos diferentes para seguir: por um deles, ele seria preso pelas Forças Especiais do Exército. Em outra hipótese, os participantes o matariam e “se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia”, sede do Comando de Operações Especiais do Exército. Em ainda uma terceira opção, mais radical, o ministro seria preso e então enforcado na Praça dos Três Poderes.
Ele, em entrevista para O Globo, destacou que seu maior choque não foi com os planos dos manifestantes, e sim com a falta de ação por parte da Polícia Militar frente aos ataques feitos em Brasília. “Não precisaria de cem homens do Batalhão de Choque para dispersar aquilo. O que precisávamos ver era qual a gravidade e a sequência”, explicou ele.
O ministro também minimizou críticas feitas às prisões determinadas por ele a participantes nas ações golpistas. “Os presos são de classe média, principalmente do interior, e acham que a prisão é só para os pobres. A Justiça tem que ser igual para todos”, pontuou.
Moraes também disse que manteve a tranquilidade, apesar das graves ameaças, inclusive de morte e nforcamento. “Esses golpistas são extremamente corajosos virtualmente e muito covardes pessoalmente. Chegam muitas ameaças, principalmente contra minhas filhas, porque até nisso são misóginos. Preferem ameaçar as meninas e sempre com mensagens de cunho sexual. É um povo doente”, disse ele.
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