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Valor da cesta básica em Fortaleza cai 3,61% ao longo de 2023, aponta Dieese

Fortaleza é a única capital que teve redução nos preços dos alimentos em janeiro

Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Os preços do conjunto de alimentos que formam a cesta básica tiveram queda de 3,61% na cidade de Fortaleza ao longo de 2023, conforme divulgou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A informação foi colhida por meio da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos e leva em conta a comparação entre os valores encontrados em dezembro de 2023 e em dezembro de 2022.

O órgão aponta que a cesta básica em Fortaleza custa atualmente R$ 630,38, na média, o que equivale a aproximadamente metade do valor do salário mínimo (51,63%). Isso significa que, para adquirir uma cesta básica, o trabalhador precisa de em torno de 105h04min de trabalho na capital cearense.

Na variação mensal de dezembro de 2023, em comparação com novembro de 2023, Fortaleza registrou uma queda de 1,49% no valor da cesta básica. A capital cearense ficou entre as únicas quatro capitais – de 17 pesquisadas pelo órgão – que tiveram redução nessa comparação mensal. As outras foram Recife (-2,35%), Natal (-1,98%) e João Pessoa (-1,10%).

Nas reduções de produtos específicos da cesta básica, Fortaleza teve destaque na variação registrada do feijão carioquinha, com queda de 19,76% no preço ao longo do ano – a maior redução para o produto registrada pelo Dieese este ano. Esse feijão, coletado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo, esteve mais caro nos primeiros meses do ano de 2023, devido à redução da área plantada e à menor produtividade da primeira safra, consequência das chuvas excessivas. Com a entrada da segunda e da terceira safra, as cotações baixaram.

No caso da farinha de mandioca, coletada no Norte e no Nordeste, as altas de preços superaram 10% em todas as cidades pesquisadas menos Fortaleza, onde houve redução de 3,93% no preço. O valor médio do produto subiu no Norte e no Nordeste puxado pela demanda firme, pela entressafra e pela instabilidade do clima, principalmente no Pará, um dos maiores produtores do país.

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