O homem de 66 anos foi sequestrado e levado para outro município antes de o corpo ser encontrado
Filho de taxista morto narra diálogo com criminosos antes do assassinato
O filho do taxista que foi encontrado morto nesta terça-feira (9), em Pindoretama, falou sobre o diálogo que ele e outros familiares do homem tiveram com os criminosos antes de ele ser assassinado. A vítima foi sequestrada em Fortaleza, nas proximidades do Terminal do Siqueira, e foi levada dentro do próprio veículo para o município da Região Metropolitana.
Em entrevista para a TV Cidade Fortaleza, o filho, que preferiu não ser identificado, disse que José Eron Batista Rabelo estava indo para o Eusébio, a trabalho, e que depois voltaria para a buscar a esposa, que estava em um culto. O próximo contato que a família conseguiu com o celular do idoso, no entanto, não foi para falar com o próprio, e sim com os bandidos que o faziam de refém.
“Começaram a ligar entre 10 e 11 horas da noite, e ficaram fazendo aquele drama, ‘vamos matar ele’. Conseguimos arrumar um cartão de crédito de alguém da gente, fizemos um pix de R$ 1 mil. E no resto da noite ficamos querendo que ele liberasse meu pai, e ele nada”, conta.
O homem diz ainda que, por volta das 5h30 da manhã, os criminosos voltaram a ligar e disseram que iriam comunicar a localização da vítima. O suspeito, no entanto, pontuou que havia um problema: o carro havia batido e estava no distrito de Caracará, no município de Pindoretama. Nesse momento, chegaram a mandar para a família uma foto de Eron totalmente ensanguentado.
“Por intermédio de amigos, eu entrei em contato com um pessoal de Pindoretama, que foi quando disseram que acharam ele morto no carro”, conta o filho do homem.
Taxistas
Colegas taxistas, ao longo da noite, se mobilizaram para tentar acionar as autoridades, com a esperança de que o veículo fosse interceptado e o assassinato impedido. “Não tem blitz de desarmamento, é horrível o que aconteceu com seu Eron. Nosso amigo taxista, já vem acontecendo com outros, até chegar essa situação. Um carro desse sair de Fortaleza e ir até Pindoretama sem nenhum tipo de fiscalização, nós ligando para a polícia, falando com policial no meio da rua, tentando salvar esse cidadão e não conseguimos”, disse um deles.
“Fica aqui a nossa indignação. Somos taxistas, não podemos trabalhar tranquilos, a gente sai para trabalhar e não sabe se vai voltar vivo. Essa é a realidade”, comentou um outro.
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