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Casal suspeito de ordenar ataque a faca a empresária, no Ceará, alega legítima defesa

Casal suspeito de ordenar ataque a faca a empresária, no Ceará, alega legítima defesa

Foto: Reprodução

O casal Francisco Jonhnatan Alves e Silva, dentista, e Savana Oliveira, administradora de clínica, suspeito de ordenar o ataque à empresária Laísa do Nascimento, em Juazeiro do Norte, prestou depoimento à Polícia e confessou parcialmente o crime. Segundo eles, os dois estariam sendo ameaçados pela vítima e agiram em “legítima defesa”. Na última sexta-feira (12), Laísa foi esfaqueada por dois homens dentro da própria loja e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da região.

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Conforme as investigações, Savana e Johnatan teriam utilizado um intermediador — Carlos Alberto Evangelista Silva, conhecido como Alemão — para contratar os executores do crime: Marcelo Barbosa de Almeida, 24 e José Pedro das Chagas Pinto de Sousa, 31, conhecido como Paulista. Os cinco na ação foram presos, mas Alemão foi solto após passar por audiência de custódia.

Segundo a Polícia, os envolvidos e as supostas participações são:

Casal ordena ataque à empresária

O crime foi flagrado pela câmera de segurança do estabelecimento. O casal, preso nesta segunda-feira, teria encomendado a ação criminosa por uma dívida trabalhista com Laísa, conforme o advogado da vítima. Ela trabalhava na clínica odontológica que é de propriedade de Francisco Jonhnatan e ganhou uma causa trabalhista contra a empresa, no valor de R$ 10 mil. Os dois teriam pago cerca de R$ 5 mil para que o crime fosse executado.

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A ofensiva foi flagrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento comercial. Os dois homens entram na loja como se fossem clientes e começam a pedir informações e até pegam algumas peças de roupas nas prateleiras. Eles então imobilizam e atacam a mulher, com uma faca. A vítima segue sendo agredida mesmo quando já está caída no chão.

Estado de saúde

A empresária Laísa do Nascimento foi retirada da sedação, mas segue em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Cariri (HRC) – onde ela está internada. A informação foi divulgada pela equipe médica do hospital durante uma coletiva de imprensa, realizada nesta segunda-feira (15).

“Ela teve lesão na parte cervical, teve lesão no tórax, mas não na cavidade pleural. O estado dela ainda é muito grave. Ela já foi desligada das medicações, já está acordada, está em processo de melhora. Mas ainda sem previsão para saída dela da UTI”, informou o médico Everton Silveira, cirurgião geral do HRC.

A cirurgiã vascular Lailma Almeida afirmou que pela gravidade das lesões, o desfecho da vítima poderia ter sido fatal, contudo atribuiu ao trabalho em equipe dos médicos o atual quadro de melhora da jovem uma vez que o grupo agiu rapidamente para tratar das lesões da vítima.

“Quando ela chegou estava em estado gravíssimo, entubada. Quando começamos a cirurgia ela estava com várias perfurações por arma branca. As perfurações atingiram vasos que em outros pacientes levam a um desfecho fatal. Pacientes com lesões menores morrem no momento da agressão. Então houve toda uma orquestra para que Laisa estivesse viva hoje”, disse a profissional.

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