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Pesquisa da FGV indica aumento na concentração de renda entre os mais ricos no Brasil

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Foto: Reprodução

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), com base em dados do imposto de renda, revela um aumento na concentração de renda entre os mais ricos no Brasil. A análise destaca que, nos últimos anos, a renda dos mais abastados cresceu a um ritmo duas a três vezes maior do que a média registrada por 95% dos brasileiros.

A pesquisa divide a população em estratos, incluindo o milésimo (0,1%) mais rico, o 1% mais rico, os 5% mais ricos e os 95% restantes. Os resultados indicam que os mais ricos não apenas apresentaram um crescimento médio maior em comparação à base da pirâmide, mas também que essa performance foi ainda mais expressiva conforme o nível de riqueza.

Durante o período de cinco anos analisado, marcado pela pandemia, enquanto a maioria da população adulta registrou um crescimento nominal médio de 33% em sua renda, os estratos mais ricos apresentaram variações de 51%, 67% e 87%. Os 15 mil milionários do 0,01% mais rico experimentaram um crescimento ainda mais significativo, atingindo 96%.

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Como resultado desse cenário, a parcela da renda apropriada pelos 1% mais ricos no Brasil aumentou de 20,4% para 23,7% entre 2017 e 2022. Notavelmente, mais de quatro quintos dessa concentração adicional de renda foram absorvidos pelo milésimo mais rico, composto por 153 mil adultos com uma renda média mensal de R$ 441 mil em 2022.

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Os resultados da pesquisa destacam a necessidade de revisão das isenções tributárias vigentes, que beneficiam principalmente os mais ricos, e alertam para o processo de reconcentração de renda no país. O estudo ainda ressalta que é cedo para determinar se esse aumento na concentração é um fenômeno estrutural ou conjuntural.

* Com informações da Agência Brasil.

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