O incêndio que assola o Parque do Cocó, em Fortaleza, já ultrapassa as 35 horas, desde os primeiros focos na noite da última quarta-feira (19). O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) segue atuando no local, para conter o fogo, de modo conjunto com outros órgãos públicos.
No terceiro dia de combate aos focos de incêndio, os profissionais agora tentam amenizar a temperatura, com a chegada do período da tarde, de modo a evitar que o incêndio volte a aumentar. O aumento da temperatura, junto aos fortes ventos, contribui para a dificuldade na contenção do fogo.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Cláudio Barreto, conta que nas últimas horas as equipes têm empenhado ações diferenciadas no combate ao incêndio, como o uso de uma retroescavadeira para ter acesso mais rápido a pontos específicos do Parque. A partir disso, são usadas viaturas menores, com tração 4×4, para chegar a esses locais.
“Temos três equipes diferentes do Corpo de Bombeiros atuando, uma na av. Sebastião de Abreu e outras duas no Parque, sendo que essas duas do Parque têm um trabalho mais lento, demorado, braçal, tem que chegar bem próximo ao foco”, explica ele. As equipes também têm feito uso de embarcações, pelo rio.
O Corpo de Bombeiros tem atuado junto com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), que tem fornecido água e bombonas para a operação, além da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Mudança do Clima do Ceará (Sema) e da Semana de Proteção Animal (Sepa).
Gustavo Vicentino, secretário executivo do Meio Ambiente, conta que ainda não é possível definir o nível da destruição do incêndio ou a causa do ocorrido, e que as análises serão feitas depois que o fogo tenha sido contido. Ele adianta ainda que, em seguida, será realizado um plano de recuperação de área degradada e um estudo de reflorestamento.
Já Erich Douglas, secretário interino da Proteção Animal do Estado do Ceará, explica que profissionais da pasta estadual estão atuando com equipes veterinárias e Organizações Não Governamentais (ONGs), para tentar salvar a vida de animais vitimados no incêndio.
De acordo com o capitão Dutra, que atua na assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, os agentes atuam a pé e usam bombas costais para extinguir as chamas. “A falta de acesso para as viaturas e até para a guarnição dificulta o combate. O mato seco e o vento forte também não ajudam”, detalhou.
Ainda segundo o militar, não há informações sobre as causas do incêndio. “Não houve relatos de acidentes que pudessem ter iniciado este incêndio, como, por exemplo, um carro ter pego fogo e este fogo ter se alastrado para a vegetação e/ou uma fiação elétrica ter caído e atingido a vegetação. Como também, nenhum relato de queda de raio”, afirmou.
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