A Associação Cearense do Ministério Público (ACMP) se pronunciou nesta segunda-feira (20) sobre o caso de agressão relatado por uma mulher em Fortaleza, segundo a qual um promotor de Justiça queboru o braço dela em uma festa. O relato foi divulgado por ela nas redes, onde aparece com o braço engessado.
A ACMP destaca que o homem é promotor de Justiça associado à entidade e que ele informou ter interesse direto em elucidar os fatos. Ele diz se colocar “à disposição da Justiça e do Ministério Público para esclarecimentos acerca do incidente” e pontua que dará a própria versão detalhada do ocorrido durante o procedimento de investigação.
A entidade sustenta ainda que a divulgação do caso tem sido feita de modo pautado unicamente nas declarações de uma das aparentes vítimas.
Segundo a mulher, ela foi empurrada pelo homem durante uma festa, neste fim de semana, após ele ter importunado sexualmente uma das amigas da denunciante. O caso ocorreu no bairro Edson Queiroz.
“Ele estava muito bêbado e queria agarrar uma das minhas amigas. E ela a todo momento pedindo pra afastar, e ele querendo beijar ela, querendo abraçar, coisa de bêbado, e ela se saindo, e eu tava do lado dela”, narra a mulher.
Ela diz ainda que a amiga olhava para ela sem saber o que fazer, e que nesse momento decidiu intervir. “Eu falei: por favor, pode se retirar da nossa mesa? E ele: não, se tem alguém que vai se retirar é você. E eu: como assim, me retirar da minha mesa? Aí ele: a mesa não é sua, é minha.” A mulher diz que, depois de insistir que o promotor deixasse o grupo em paz, ele se alterou e praticou a agressão, ampurrando-a com força, e ela acabou caindo em cima de outra mesa.
“Eu só escutei o estalo no braço. Levantei, olhei meu braço, segurei meu punho e minha mão caiu, pendurada, literalmente quebrada. Minhas amigas vieram, começaram a gritar socorro, ninguém fazia nada, e ele em cima de mim, querendo bater na minha outra amiga. Cara altamente agressivo, descontrolado, minhas amigas gritando, eu com o braço pendurado, o cara em cima de mim, em tempo de fazer algo pior. Demorou muito pra policial e segurança chegar”, conta ainda.
A Polícia Militar do Ceará (PMCE) informa que foi acionada ainda no domingo (21), pela equipe de segurança privada da festa. A polícia conta que os seguranças haviam detido o homem por importunação sexual. O suspeito e as duas vítimas – da importunação sexual e da agressão física – foram apresentados na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde foi feito um Boletim de Ocorrência (BO) por lesão corporal dolosa.
Por sua vez, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) se pronunciou sobre o caso pontuando que repudia “todo e qualquer ato de violência, principalmente contra mulheres”. Pontua ainda que está tomando “todas as providências para a apuração do fato mencionado com absoluta isenção, providenciando para tanto a instauração de procedimento investigatório, tal como determina a legislação”.
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