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Obras de novos trechos da Transnordestina devem gerar 1.300 empregos no Ceará

Elmano e ministro Rui Costa discutem novo PAC e visitam obras da Transnordestina no Ceará

Foto: Casa Civil/Governo do Ceará

O projeto da ferrovia Transnordestina deve iniciar as obras nos lotes 4 e 5, com 101 km no total, entre os municípios de Acopiara, Piquet Carneiro e Quixeramobim, no Ceará. Nesta terça-feira (23), a ordem de serviço foi assinada, em Fortaleza. Os lotes 4 e 5 contam com investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão e a expectativa é que sejam criados cerca de 1.300 postos de trabalho diretos, e 2.500 de forma indireta nas cidades da construção.

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Parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ferrovia tem ao todo 1.206 km de extensão em linha principal, atravessando 53 municípios em três estados (Piauí, Ceará e Pernambuco), ligando Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE), na Região Metropolitana de Fortaleza, passando por Salgueiro (PE). O objetivo é transformar o Nordeste em polo exportador de minério de ferro e conectar, por trilhos, o sertão e o mar. A fase 1 do empreendimento já alcançou 70% de execução.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, defendeu que o empreendimento representa a transformação da economia do Nordeste, principalmente nos sertões.

“Nós temos um prognóstico de que vamos dobrar o volume de cargas no Porto do Pecém, e vamos ajudar muito várias cadeias produtivas no interior do Ceará. Com a Transnordestina vai vir milho e soja para os produtores de leite, de suíno, de aves. A Transnordestina cruza o sertão, entrando pelo Cariri, passando pelo Sertão Central e Maciço de Baturité, até chegar ao Porto do Pecém. Nosso polo calçadista também vai poder exportar”, afirmou.

Obras de novos trechos da Transnordestina no Ceará

A ferrovia no Ceará terá um total de 608 km e funcionará com três terminais de carga. Um dos terminais, com foco em grãos, ficará na região entre Iguatu e Quixadá. A localização dos outros dois – um para combustíveis e outro para fertilizantes – ainda será definida pela empresa.

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“[Investimento no Ceará] vai ser R$ 6,5 bilhões e vamos ter mais R$ 2 bilhões no Porto do Pecém. Depois, uma parte vai ser feita até mais dentro da produção de grãos no Piauí. É importante para o Ceará aproximar a ferrovia da região produtora de grãos”, explicou o governador.

Os serviços nos lotes 4 e 5 incluem cinco milhões de metros cúbicos de movimento de terra, 11 viadutos , cinco pontes e todo o sistema de drenagem, além das camadas de sublastro do corpo da ferrovia. Tufi Daher, diretor-presidente da Transnordestina Logística SA (TLSA), destacou o ritmo acelerado das obras nessa nova fase.

“Já em 2025 vamos iniciar o transporte experimental de grãos, trazendo do interior do Piauí até a bacia leiteira em Quixeramobim, Piquet Carneiro. Nossa previsão é, tão logo a gente finalize, ou até mesmo antes, a chegada no Porto do Pecém, daremos início à finalização do trecho no Piauí”, declarou.

A previsão é que a ferrovia entre em operação entre o fim de 2026 e o começo de 2027. Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste, reforçou o compromisso para concretizar a Transnordestina. “O Presidente Lula nos convocou e disse que queria que o Nordeste voltasse a crescer da forma certa, melhorando a vida do povo e gerando empregos. Uma obra estruturante que nos pediu para priorizar foi a Transnordestina. Ela vai mudar a realidade e avançar [a região] cada vez mais”.

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