Sob o lema “O país não está à venda”, a greve tem como alvo as recentes medidas anunciadas pelo governo
Greve na Argentina contra medidas de Milei provoca cancelamento de voos
O presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta a primeira greve geral desde o início de seu mandato, com a maioria dos sindicatos aderindo à paralisação das atividades das 12h à meia-noite. O movimento, iniciado nesta quarta-feira (24), é liderado pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central sindical do país, conta com o apoio da Confederação de Trabalhadores Argentinos (CTA) e outros setores.
Sob o lema “O país não está à venda”, a greve tem como alvo as recentes medidas anunciadas pelo governo, incluindo a polêmica “decretaço”, que altera aspectos da economia e das leis trabalhistas. A Lei Omnibus, que concede amplos poderes a Milei e prevê a privatização de empresas estatais, também é um ponto central de protesto.
A paralisação afeta diversos setores, com bancos fechados, transporte público, ônibus, trens e metrô operando apenas até as 19h. Caminhoneiros e trabalhadores do transporte aéreo aderiram ao movimento, levando ao cancelamento de voos, incluindo 33 voos das companhias Gol e Latam, impactando turistas brasileiros e argentinos.
Argentina registra greve geral contra medidas de Milei
Essa é a primeira greve geral convocada pela CGT desde 2019, e uma das manifestações está planejada em frente ao Congresso para pressionar os legisladores a rejeitarem as leis propostas. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, anunciou o uso do “protocolo antipiquetes” para controlar as manifestações, bloqueando vias e restringindo os protestos às calçadas, após confrontos em dezembro durante um protesto semelhante.
Milei presidente
Javier Milei foi eleito presidente da Argentina, após a votação do segundo turno da eleição, realizada no dia 19 de novembro. Ele derrotou Sergio Massa, candidato governista, apoiado pelo presidente Alberto Fernández e pela vice-presidente Cristina Kirchner.
O primeiro turno terminou com Massa com 36,69% dos votos, enquanto Milei teve 29,99%. Anteriormente, no entanto, nas primárias argentinas — que indicam quais candidatos podem disputar o primeiro turno — Milei havia sido o mais votado do país, com quase o mesmo percentual de votos, 30,04%.
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