DIAGNÓSTICO

Especialistas avaliam recuperação da área do Parque do Cocó atingida por incêndio florestal

Diagnóstico inicial abrange a identificação dos três ambientes na área antes do incêndio

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26 de janeiro de 2024
Portal GCMAIS

O Grupo de Trabalho Técnico (GTT) visitou, nessa quinta-feira (25), a área do Parque Estadual do Cocó, recentemente atingida por um incêndio florestal. A titular da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), Vilma Freire, supervisionou a análise do solo e da vegetação queimados para avaliar os impactos iniciais. A previsão é de que o trabalho do GTT, seja concluído em dez dias, seguido por ações de recuperação baseadas nas conclusões do estudo.

Especialistas avaliam recuperação da área do Parque do Cocó atingida por incêndio florestal
Foto: Ascom/SEMA

Vilma Freire enfatizou que a SEMA não interfere nas investigações sobre a natureza criminosa ou não do incêndio, destacando o trabalho da Perícia Forense na coleta e análise de materiais. O GTT, sob a orientação do professor Luiz Ernesto Bezerra, coordenador do Programa Cientista Chefe Meio Ambiente Sema/Funcap, é composto por uma equipe multidisciplinar de especialistas em solo, flora e manguezais.

Segundo Bezerra, o diagnóstico inicial abrange a identificação dos três ambientes na área antes do incêndio: dunas, uma parte central afetada (brejo que alagava com água doce no período chuvoso) e uma vegetação de mangue próxima ao rio. A coleta de amostras de solo pela manhã é crucial para entender a composição do solo e orientar as ações de restauração.

Incêndio florestal no Parque do Cocó

O pesquisador esclareceu que a área já era impactada devido a uma antiga salina, onde a vegetação, principalmente na parte central, nunca prosperou devido à presença de sal. Apesar de ser improvável que o plantio funcione nessa área, pode ser possível replantar na região de manguezal. Bezerra alertou que a recuperação de um mangue, mesmo com plantio, leva pelo menos cinco anos, e a regeneração natural do manguezal pode ocorrer rapidamente em certos casos, dependendo do impacto.

Quanto ao projeto de recuperação, o especialista enfatizou que dependerá da quantidade de chuva, das ações propostas e dos recursos disponíveis, indicando que em alguns casos, a melhor abordagem pode ser a não intervenção, permitindo a autorregeneração do manguezal.

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Equipe

O professor Ernesto é um especialista em recuperação de manguezais, assim como o professor Gabriel Nuto, do Departamento de Solos da UFC, é quem está fazendo todas as análises da composição do solo. Também no grupo, o professor Marcelo Moro, especialista em vegetação e biodiversidade, o professor Rafael Costa, do Departamento de Biologia da UFC, outro especialista em vegetação, e o professor Alexandre Torres da Geografia, especialista na área de Gestão Ambiental. “A ideia é que o grupo acompanhe o trabalho a longo prazo”, encerrou.

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