Diagnóstico inicial abrange a identificação dos três ambientes na área antes do incêndio
Especialistas avaliam recuperação da área do Parque do Cocó atingida por incêndio florestal
O Grupo de Trabalho Técnico (GTT) visitou, nessa quinta-feira (25), a área do Parque Estadual do Cocó, recentemente atingida por um incêndio florestal. A titular da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), Vilma Freire, supervisionou a análise do solo e da vegetação queimados para avaliar os impactos iniciais. A previsão é de que o trabalho do GTT, seja concluído em dez dias, seguido por ações de recuperação baseadas nas conclusões do estudo.
Vilma Freire enfatizou que a SEMA não interfere nas investigações sobre a natureza criminosa ou não do incêndio, destacando o trabalho da Perícia Forense na coleta e análise de materiais. O GTT, sob a orientação do professor Luiz Ernesto Bezerra, coordenador do Programa Cientista Chefe Meio Ambiente Sema/Funcap, é composto por uma equipe multidisciplinar de especialistas em solo, flora e manguezais.
Segundo Bezerra, o diagnóstico inicial abrange a identificação dos três ambientes na área antes do incêndio: dunas, uma parte central afetada (brejo que alagava com água doce no período chuvoso) e uma vegetação de mangue próxima ao rio. A coleta de amostras de solo pela manhã é crucial para entender a composição do solo e orientar as ações de restauração.
Incêndio florestal no Parque do Cocó
O pesquisador esclareceu que a área já era impactada devido a uma antiga salina, onde a vegetação, principalmente na parte central, nunca prosperou devido à presença de sal. Apesar de ser improvável que o plantio funcione nessa área, pode ser possível replantar na região de manguezal. Bezerra alertou que a recuperação de um mangue, mesmo com plantio, leva pelo menos cinco anos, e a regeneração natural do manguezal pode ocorrer rapidamente em certos casos, dependendo do impacto.
Quanto ao projeto de recuperação, o especialista enfatizou que dependerá da quantidade de chuva, das ações propostas e dos recursos disponíveis, indicando que em alguns casos, a melhor abordagem pode ser a não intervenção, permitindo a autorregeneração do manguezal.
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Equipe
O professor Ernesto é um especialista em recuperação de manguezais, assim como o professor Gabriel Nuto, do Departamento de Solos da UFC, é quem está fazendo todas as análises da composição do solo. Também no grupo, o professor Marcelo Moro, especialista em vegetação e biodiversidade, o professor Rafael Costa, do Departamento de Biologia da UFC, outro especialista em vegetação, e o professor Alexandre Torres da Geografia, especialista na área de Gestão Ambiental. “A ideia é que o grupo acompanhe o trabalho a longo prazo”, encerrou.
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