A capital cearense, Fortaleza, também experimentou uma queda expressiva, com uma redução de 70% nos registros de casos de dengue
Ceará registra redução de 63% nos casos de dengue em 2023; alguns estados enfrentam surto da doença
No ano de 2023, o estado do Ceará apresentou uma significativa redução de 63,2% nos casos de dengue em comparação com o ano anterior, totalizando 14.151 casos confirmados, de acordo com dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Em 2022, o estado havia registrado 38.487 casos da doença.
A capital cearense, Fortaleza, também experimentou uma queda expressiva, com uma redução de 70% nos registros de casos de dengue.
No ano passado, o Ceará confirmou pouco mais de seis mil casos de dengue, representando uma redução de 62% nas notificações suspeitas em relação ao ano anterior. Fortaleza também registrou uma redução expressiva de 70% nos casos durante o mesmo período.
Essa diminuição, contudo, não pode ser atribuída a um único fator, conforme esclarece Nélio Moraes, coordenador de Vigilância em Saúde de Fortaleza.
Diversos aspectos podem ter contribuído para essa redução, incluindo condições climáticas como calor, chuva e umidade. Além disso, a exposição prolongada da população aos sorotipos 1 e 2 da dengue, desenvolvendo imunidade, também pode ter desempenhado um papel importante nessa diminuição.
Vale ressaltar que, a partir de fevereiro, a vacina contra a dengue será disponibilizada para 16 estados e o Distrito Federal pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, nenhum município cearense foi incluído na primeira remessa da vacinação.
Apesar da redução nos casos, as autoridades de saúde e agentes de endemias em Fortaleza continuam intensificando as ações porta a porta para prevenir um novo surto da doença. A vigilância e o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, permanecem como prioridades, mesmo diante da situação mais controlada no estado e na capital.
O Aedes aegypti é vetor de quatro tipos de dengue, e é crucial eliminar possíveis criadouros do mosquito. O Nordeste apresenta um período mais favorável à reprodução do mosquito entre março e junho, quando há a combinação de calor, chuvas e baixa umidade.
Com um ciclo de vida que pode durar até um ano e meio, os ovos do mosquito aguardam condições ideais para eclodir. Por isso, é essencial que as pessoas adotem medidas preventivas, como vedar recipientes e utilizar água sanitária em ralos e vasos sanitários.
Em 2024, até o momento, foram confirmados 236 casos de dengue no Ceará, sendo nove deles em Fortaleza, sem óbitos confirmados até o momento, conforme dados do Ministério da Saúde. O alerta permanece para manter a vigilância e adotar medidas preventivas, especialmente durante períodos de viagens e feriados.
Confira mais detalhes na reportagem
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