POLÍCIA FEDERAL

Influenciador Renato Cariani é indiciado por suposto desvio de produtos para produção de drogas

Cariani, que possui mais de 7 milhões de seguidores em uma rede social, é um dos sócios da empresa investigada

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30 de janeiro de 2024
Portal GCMAIS

O influenciador fitness Renato Cariani e outras duas pessoas foram indiciadas no relatório final das investigações da Polícia Federal sobre um suposto desvio de produtos químicos para a produção de drogas. A informação foi confirmada por fontes do portal R7, nesta terça-feira (30). O inquérito foi encaminhado para o MPF (Ministério Público Federal), que decidirá se denunciará o grupo pelos crimes apontados pela corporação. Até o momento, a defesa não se manifestou sobre o caso.

Influenciador Renato Cariani é indiciado por suposto desvio de produtos para produção de drogas
Foto: Reprodução

O trio responde em liberdade e, se condenados, podem enfrentar penas de prisão. As investigações tiveram início em dezembro de 2023, quando a PF encontrou indícios de desvio de produtos químicos destinados à produção de até 19 toneladas de drogas, como crack e cocaína.

Renato Cariani, que possui mais de 7 milhões de seguidores em uma rede social, é um dos sócios da empresa investigada e, na época, negou ter conhecimento de qualquer atividade ilícita. Segundo o influenciador, a companhia foi fundada em 1981 e é controlada por sua sócia, de 71 anos. Em um vídeo publicado nas redes sociais em 2023, ele afirmou: “Tem sede própria, todas as licenças, certificações nacionais e internacionais. Trabalha totalmente regulada”.

A Polícia Federal alega ter identificado 60 transações fraudulentas feitas pelas empresas investigadas ao longo de seis anos. Aproximadamente 12 toneladas de insumos, como fenacetina e manitol, teriam sido desviadas para células de organizações criminosas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A operação resultou no cumprimento de 18 mandados de busca nesses estados.

O delegado Fabrizio Galli, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência Regional da PF em São Paulo, declarou: “Nós sabemos que esse produto é desviado e essa droga é introduzida, já com o ‘batismo’, digamos assim, por meio de organizações criminosas”. Galli ressaltou que as organizações criminosas que adquiriram os insumos continuam sendo investigadas, considerando as diferentes dinâmicas do mercado de drogas nos estados afetados pela operação.

O delegado destacou que a quantidade de droga produzida depende do nível de pureza do “produto final”, mencionando que a cocaína encontrada possui entre 20% e 30% de pureza, enquanto o restante são produtos químicos que aumentam o volume.

Segundo a Polícia Federal, as empresas movimentaram aproximadamente R$ 6 milhões em produtos químicos, mas ainda é difícil estimar o valor desses insumos no mercado paralelo e o lucro obtido pelos envolvidos.

*Com informações do portal parceiro R7.

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