A vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT), após a confusão registrada na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) nesta quinta-feira (1º), disse que tem sofrido perseguição política nas mãos do prefeito José Sarto (PDT). A fala foi feita no mesmo dia, após ela ter interrompido o pronunciamento do gestor durante a retomada dos trabalhos legislativos para 2024.
“Tô sofrendo muita perseguição política por parte do prefeito Sarto, muita, muita mesmo. E hoje, em decorrência da abertura dos trabalhos da Câmara Municipal, eu reivindiquei que os profissinoais que trabalham nas UPAs [Undiades de Pronto Atendimento] não sejam contratados como cotistas, mais uma modalidade de precarização do serviço de saúde”, explica ela, em alusão às demandas que ela gritou durante o discurso do prefeito.
“E eu trouxe minha irmã porque hoje é uma sessão normal na casa, não tem que buscar regimento, é como se fosse uma sessão solene, qualquer pessoa do povo pode entrar. E eu trouxe ela, que é presidente sindical, pra gente reivindicar e mostrar pro prefeito que os profissionais da saúde estão morrendo, estão adoecidos mentalmente”, continua.
Durante a fala do prefeito, na inauguração dos trabalhos da CMFor de 2024, a parlamentar aparece gritando demandas dos profissionais da saúde, gerando tumulto na tribuna. Ela, apesar de ser do mesmo partido do prefeito, integra a oposição e engrossa as cobranças feitas pela categoria ao chefe do Executivo.
Na ocasião, outros parlamentares tentaram conter a ação da vereadora contra Sarto, mas os ânimos se acirraram, resultando em um tapa de Ana Paula no rosto da vereadora Cláudia Gomes (PSDB), que tentava interferir na ação da colega na tribuna da Câmara. Elas tiveram que ser separadas por outros parlamentares.
Pouco depois, Cláudia Gomes subiu à tribuna para falar sobre a confusão, pontuando que Ana Paula a agrediu de punho fechado quando ela tentava se aproximar para falar com o presidente da CMFor, vereador Gardel Rolim (PDT). “Acho que a população de Fortaleza não merece isso. A gente está na Câmara desempenhando projetos da nossa cidade, o cidadão não quer agressão, não quer violência”, disse ela.
O próprio prefeito, após o ocorrido, chamou o episódio de “lamentável”.
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