A retomada das atividades da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), nesta sexta-feira (2), foi marcada em cerimônia pela ausência do governador Elmano de Freitas (PT), que foi representado na ocasião pela vice-governadora Jade Romero (MDB). Elmano segue em tratamento médico, após ter voltado ao hospital na última segunda-feira (29). No último dia 15, ele recebeu diagnóstico de pneumonia.

O tradicional texto do governador, para a reabertura dos trabalhos legislativos, foi lido pela deputada estadual Juliana Lucena (PT), primeira secretária da Mesa Diretora da Assembleia. O texto fez um balanço do primeiro ano de gestão do governo Elmano, com destaque para as realizações na área social, incluindo os programas Vai Vem, Programa Mais Infância e Ceará Sem Fome.

“Aproveito agora para iniciar nosso balanço de 2023 falando sobre essa questão da segurança alimentar. Como todos sabemos, a fome não espera e tem pressa. Essa foi a primeira grande ação do meu governo, iniciativa cujos números trago com muita satisfação, resultado de esforço conjunto coordenado pela primeira-dama, Lia de Freitas. Apresentamos o programa Ceará Sem Fome, distrbuímos mais de 4,5 milhões de refeições nas 1.800 unidades sociais produtoras de refeições, as cozinhas cadastradas no Ceará Sem Fome. Neste ano, o número será bem maior, não tenho dúvidas, uma vez que já atingimos a marca atual de 100 refeições distribuídas diariamente”, pontua o texto de Elmano lido na Assembleia.

Ao falar com a imprensa, Jade Romero abordou os projetos previstos para 2024, enfatizando temas como energias renováveis, segurança pública e educação. Os três pilares foram discutidos como parte dos esforços do governo para enfrentar desafios e impulsionar o desenvolvimento no estado.

A abertura dos trabalhos na Alece não foi sem controvérsias, já que diversos grupos de servidores do estado se manifestaram em protesto. As ruas Barbosa de Freitas e Pontes Vieira, nos arredores da Assembleia, foram bloqueadas desde as 8h da manhã em uma demonstração de insatisfação. Os protestos se estenderam até o final da sessão solene de abertura do ano legislativo. Os manifestantes buscavam ser ouvidos pelos representantes do governo, exigindo um reajuste salarial de 10% e cobrando do governador a promessa de campanha de aumentar os salários.

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