BRASÍLIA

Congresso abre trabalhos com foco na regulamentação das redes sociais

Regulação das plataformas digitais é destacada no projeto de lei conhecido como PL das Fake News

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5 de fevereiro de 2024
Portal GCMAIS

Após o recesso legislativo, o Congresso Nacional inicia as atividades nesta segunda-feira (5), com a regulamentação das redes sociais e da inteligência artificial como temas centrais das discussões dos deputados e senadores em 2024. Além disso, a medida provisória que reonerou a folha de pagamento de 17 setores da economia e a limitação das atuações dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) estão entre os assuntos que devem ser debatidos ao longo do ano.

Congresso abre trabalhos com foco na regulamentação das redes sociais
Foto: Divulgação

O retorno do Legislativo ocorre com 27 vetos presidenciais pendentes de análise, sendo que 12 deles já estão trancando a pauta, exigindo apreciação antes de outras propostas menos urgentes.

A regulação das plataformas digitais é destacada no projeto de lei conhecido como PL das Fake News, cuja votação na Câmara foi adiada várias vezes devido à falta de consenso entre os parlamentares e à resistência da oposição e das proprietárias de plataformas digitais. O projeto de lei da inteligência artificial está em tramitação na comissão temporária dedicada ao tema, sob a relatoria do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Regulamentação das plataformas digitais no Congresso

Aprovado pelo Senado em 2020, o PL das Fake News estabelece regras de uso, gestão e punições para a divulgação de informações falsas. Prevê prisão de um a três anos e multa para quem promover ou financiar a disseminação em massa de mensagens com informações falsas, especialmente aquelas que possam comprometer a integridade do processo eleitoral ou causar danos à integridade física de agentes públicos. As plataformas também serão obrigadas a publicar relatórios semestrais de transparência sobre a moderação de conteúdo falso.

O projeto aborda especificamente a segurança infantil, exigindo das plataformas níveis de proteção de dados, a proibição de acesso a determinados serviços e a impossibilidade de usar dados desse público para criar conteúdos personalizados. Além disso, prevê a remuneração do conteúdo jornalístico profissional replicado pelas plataformas digitais.

Supremo

Propostas de emenda à Constituição (PECs) que buscam limitar os poderes dos ministros do STF devem estar entre os temas prioritários após o recesso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), expressou apoio à discussão dessas PECs, prometendo avançar em pautas que podem alterar o cenário político nos próximos anos.

Duas PECs tratam da limitação dos poderes dos ministros do STF, uma delas focando em decisões monocráticas e pedidos de vista nos tribunais superiores. Essa proposta impede que decisões de um ministro do STF suspendam a vigência de leis ou atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados.

Apesar da resistência de ministros do Supremo, Pacheco defende a aprovação da proposta para equilibrar os Poderes. Outra PEC propõe a elevação da idade mínima e a instituição de mandato com prazo fixo para ministros do STF. Uma terceira proposta envolve a limitação do acesso ao Supremo por parte de partidos políticos, sendo vista como a mais viável nas duas Casas.

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