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Argentina: inflação do país deve ser a mais alta do mundo este ano, preveem especialistas

Argentina inflação do país deve ser a mais alta do mundo este ano, preveem especialistas

Foto: Reprodução

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projetou que a Argentina deverá registrar a inflação mais alta do mundo em 2024, ultrapassando os 250%. Essa previsão representa um aumento significativo em relação às estimativas anteriores, que apontavam para um patamar de 157% em novembro. Além disso, a OCDE revisou para cima as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) argentino, estimando uma expansão de 2,3% em vez dos 1,7% calculados anteriormente.

O presidente argentino, Javier Milei, que está no cargo há menos de dois meses, implementou uma série de mudanças econômicas no país, incluindo a desvalorização do peso em 50% e o lançamento de um pacote de reformas, atualmente em votação no Congresso.

O porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni, destacou em coletiva de imprensa que a inflação do país em janeiro pode se assemelhar à registrada em dezembro, quando atingiu 25,5%, contribuindo para um aumento acumulado de 211,4% ao longo de 2023, o mais alto índice anual do mundo.

O governo liderado por Milei busca implementar medidas econômicas por meio de um amplo projeto de lei conhecido como “lei ônibus”, aprovado pelo Congresso na última sexta-feira. Na próxima terça-feira, os deputados iniciarão a votação de cada artigo individualmente.

A projeção de inflação para 2024 foi ajustada para cima pelo sexto mês consecutivo, atingindo 213,0%, conforme detalhado pela IOL Invertironline. Essa previsão antecipa uma aceleração significativa no primeiro semestre do ano, possivelmente ultrapassando 350% na comparação interanual, embora uma desaceleração seja esperada para o segundo semestre.

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A Argentina, terceira maior economia da América Latina, enfrenta uma situação econômica complexa, marcada por alta inflação, pressão de desvalorização do peso, baixas reservas no banco central, alto déficit fiscal e restrições cambiais, em meio a um esquema de controle de capital devido à escassez de moeda estrangeira.

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