A farmacêutica Takeda anunciou, nessa segunda-feira (5), que dará prioridade ao fornecimento da vacina contra a dengue (Qdenga) para atender aos pedidos do Ministério da Saúde, suspendendo a assinatura de contratos diretos com estados e municípios. A medida visa limitar o fornecimento da vacina na rede privada, reservando doses para completar o esquema vacinal das pessoas que receberam a primeira dose.
Segundo a Takeda, essa decisão foi motivada pela inclusão da Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo agravamento da epidemia de dengue em várias regiões do país. A empresa afirmou que está comprometida com a equidade na saúde e apoiará as autoridades de saúde para atender à demanda do Ministério da Saúde, seguindo a estratégia vacinal definida.
A previsão é que sejam entregues 6,6 milhões de doses da vacina para o ano de 2024 e mais 9 milhões de doses para 2025. Além disso, a Takeda está buscando soluções para aumentar o número de doses disponíveis no país. A decisão não afeta compromissos anteriores firmados com municípios antes da incorporação da vacina ao SUS.
A vacina Qdenga teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023, permitindo sua comercialização no Brasil. Em dezembro do mesmo ano, o Ministério da Saúde anunciou sua incorporação ao SUS.
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Na próxima semana, as doses começarão a ser distribuídas em 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde, para vacinar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade. Essas regiões foram identificadas como endêmicas para a dengue, e essa faixa etária foi escolhida por concentrar o maior número de hospitalizações pela doença, atrás apenas dos idosos.
O Brasil enfrenta uma explosão de casos de dengue, levando o Distrito Federal e três estados, além do município do Rio de Janeiro, a decretar situação de emergência. Na última sexta-feira (3), o Ministério da Saúde inaugurou o Centro de Operações de Emergências (COE) contra a dengue, em Brasília.
*Com informações da Agência Brasil.
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