MEIO AMBIENTE

Agrotóxicos: Estudos da UFC encontram contaminação nos rios Cocó e Ceará

A situação é considerada alarmante e pode afetar as pessoas que consomem peixes e mariscos desses rios

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7 de fevereiro de 2024
Portal GCMAIS

Estudos desenvolvidos por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) comprovaram contaminação por agrotóxicos nas águas, peixes e mariscos do Rio Cocó e do Rio Ceará, na Região Metrpolitana de Fortaleza (RMF). As pesquisas foram feitas por estudiosos do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade.

Agrotóxicos: Estudos da UFC encontram contaminação nos rios Cocó e Ceará
Foto: Divulgação / Governo do Ceará

Os chamados agrotóxicos urbanos, comumente chamados de pesticidas, costumam ser aplicados no combate a pragas domésticas. A substância presente em maior quantidade foi a cipermetrina, seguida pela deltametrina, permetrina e malationa. Elas são utilizadas para controlar vetores de doenças, como o mosquito da dengue, ou ainda como pesticidas contra ratos, baratas e formigas.

No Rio Ceará, onde foram coletadas amostras de água e de sedimentos da região do mangue por onde o rio passa, os estudos encontraram a presença de substâncias altamente tóxicas para organismos marinhos. Em alguns casos, foram encontradas as substâncias em níveis de magnitude maiores do que aqueles encontrados em áreas agrícolas.

Segundo o responsável pelo estudo, professor Rivelino Cavalcante, a situação é considerada alarmante. “E se torna grave uma vez que não temos outros registros para avaliar a evolução destes volumes de agrotóxicos e nem temos dados de outros locais do Brasil, nos quais a situação pode estar até pior em termos de níveis dessas substâncias”, avalia.

De acordo com o pesquisador da UFC, a forte presença desses agrotóxicos urbanos nos rios não gera riscos prováveis para banhistas, mas para aqueles que consomem os peixes e mariscos da região. “Quando qualquer substância ou elemento químico entram no ambiente, ele se torna disponível para os organismos e, assim, entra na cadeia alimentar, chegando até o homem. O potencial de causar problemas à saúde é variável de substância para substância, porém uma substância que é feita para exterminar pragas consegue causar o mesmo efeito, seja em um micro-organismo, seja em um organismo de porte superior”, alerta ele.

Os resultados do estudo estão apresentados em artigo publicado no ano passado na revista científica International Journal of Environmental Analytical Chemistry.

Com informações da Agência UFC

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