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Prédios abandonados atrapalham revitalização de áreas da Capital

Prédios abandonados atrapalham revitalização de áreas da Capital

Foto: Reprodução

Diferente de edificações preservadas como o Theatro José de Alencar, outros prédios de Fortaleza, mesmo tombados, estão abandonados e acabam atrapalhando a revitalização de áreas da Capital, como o Centro. A segunda reportagem da série Memória Concreta mostra os desafios do poder público para revitalizar essas edificações.

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Um exemplo, é o Lord Hotel, que foi desativado em 1992. Posteriormente foi transformado em pousada, abrigou lojas comerciais e condomínios de apartamentos. Por pouco foi demolido devido às obras da Estação Lagoinha, do Metrofor, em 2020.

O manobrista Fernando Marlon trabalha todos os dias em frente ao antigo hotel e lamenta a atual situação em que ele se encontra. “Uma moradora daqui do prédio tinha foto até com Roberto Carlos e Pelé, é uma pena ver esse prédio nessa situação”, afirmou ele relembrando que o local já abrigou personalidades famosas do país.

A Câmara dos Vereadores de Fortaleza manifestou interesse em transferir a sede para a estrutura do antigo hotel, o que até agora não se concretizou.

“Uma ação dessa envergadura precisa ser muito bem pensada, muito bem trabalhada, muito bem elaborada, planejada e como eu disse, esse planejamento foi prejudicado neste período pela pandemia. O que posso dizer é que isso não foge do nosso horizonte, mas também tenho que dizer que não é a prioridade para o momento”, disse o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Gabriel Rolim.

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Fechado há cinco anos, o prédio onde antes funcionava o Museu do Ceará, no Centro de Fortaleza, também sofre os efeitos da degradação. Pichações ostentam a fachada do prédio, erguido no século 19 como sede da Assembleia Provincial do Estado.

Dificuldades para revitalização de prédios abandonados

Para Romeu Duarte, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC, o patrimônio histórico não é considerado como parte do planejamento urbano pelos gestores responsáveis, o que contribui para o abandono.

“Nós temos uma legislação do patrimônio material que este ano vai completar 87 anos, ou seja, é uma legislação que foi estabelecida quando o Brasil nem urbano era de fato. O patrimônio tem que fazer parte do planejamento urbano”, diz.

Temos o projeto de uma casa de 1919 que fica ali no início da Av. Santos Dumont. Muitos já conhecem, já passaram por lá, já foi restaurante. A casa está finalizando e ela vai trazer uma nova ambiência para o entorno. Vemos empreendedores locais se espelhando nesse caso por mostrar a restauração da casa com sua essência, mas sem esquecer a edificação modernao ao fundo.

Par a atriz Ana Vitória, preservar as edificações que marcaram a história vai muito além de convites a contemplação ou visitação e sim de pertencimento daquele lugar como sendo parte da sua própria vida ou história

“Quando a gente vai preservando, vai você se sente mais parte ali daquele lugar da cidade e vai acolhendo as pessoas para irem para ali. É a contemplação da cidade, com o que é nosso, tentar se integrar com o que é seu e com quem está morando aqui”, conclui.

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