O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou o passaporte para a Polícia Federal (PF), em decorrência da operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira (8). Agentes da PF haviam ido à casa do ex-mandatário no mesmo dia, cumprindo mandado de busca e apreensão para recolher o documento, mas Bolsonaro não estava em posse dele. Em decorrência disso, a Polícia estabeleceu um prazo de 24 horas para a entrega.
O ex-presidente ainda foi alvo de medidas cautelares restritivas, que o proíbem de manter contato com os demais investigados na operação, mesmo por meio de seus advogados. Essas medidas foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Operação Tempus Veritatis, conduzida pela PF, investiga uma organização criminosa suspeita de ter atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, visando obter vantagens políticas para a manutenção de Bolsonaro no poder.
No total, são cumpridos nesta quinta 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão em diversos estados brasileiros.
Aliados
Diversos aliados de Bolsonaro foram presos na manhã desta quinta. Foram alvos o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno; o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil da gestão Bolsonaro, general Braga Netto; e o ex-assessor especial do presidente, Filipe Martins, apontado como mentor do “gabinete do ódio” durante o governo anterior. Foi preso também Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército; e Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Câmara, que são coronéis do Exército. Também foi alvo da operação o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Entre os mandados expedidos há um no estado do Ceará, direcionado ao ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, que é cearense. As medidas foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e englobam ainda os estados do Paraná, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
Em adição a isso, Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, durante a atuação dos agentes.
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