A medida foi tomada após a realização de nova vistoria técnica nas áreas atingidas
Trilhas do Parque do Cocó são reabertas três semanas após incêndio
Os acessos às trilhas do Parque Estadual do Cocó, em Fortaleza, foram reabertos pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Ceará (Sema), três semanas após o incêndio de grandes proporções que tomou o parque. O fogo, que iniciou no dia 17 de janeiro, causou o fechamento das trilhas.
A Secretaria pontua que a reabertura ocorre após a realização de uma nova vistoria técnica nas áreas atingidas, tendo chegado à conclusão de que estão devidamente limpas e seguras para a população. A circulação, portanto, volta ao normal neste fim de semana.
O incêndio, tendo iniciado no dia 17, só foi ser totalmente contido dias depois. Em 20 de janeiro, três dias depois do fogo começar a se espalhar, ainda restava ao menos um foco ativo, concentrado em pontos isolados como troncos de árvores e raízes. A situação foi normalizada nos dias que se seguiram, mas a atuação das equipes seguiu, para tratar a área degradada e adotar medidas de segurança necessárias antes da reabertura.
Incêndio no Parque do Cocó – Recuperação
O pesquisador Luiz Ernesto Bezerra, coordenador do Programa Cientista Chefe Meio Ambiente Sema/Funcap, é responsável por orientar o Grupo de Trabalho Técnico (GTT) que avalia o processo de recuperação do Parque do Cocó. Segundo ele, a área já era impactada devido a uma antiga salina, onde a vegetação, principalmente na parte central, nunca prosperou devido à presença de sal.
Apesar de ser improvável que o plantio funcione nessa área, pode ser possível replantar na região de manguezal. Bezerra alertou que a recuperação de um mangue, mesmo com plantio, leva pelo menos cinco anos, e a regeneração natural do manguezal pode ocorrer rapidamente em certos casos, dependendo do impacto.
Quanto ao projeto de recuperação, o especialista enfatiza que dependerá da quantidade de chuva, das ações propostas e dos recursos disponíveis, indicando que em alguns casos, a melhor abordagem pode ser a não intervenção, permitindo a autorregeneração do manguezal.
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